Freqüentadores assíduos da Boca Maldita, em Curitiba, estão se queixando da ausência de banheiros públicos no local. Alguns já pensam em procurar a Prefeitura e fazer uma solicitação formal.

É o caso do aposentado Luiz do Nascimento Martins, que acredita que a colocação de um sanitário feminino e de um masculino na Boca Maldita não custaria caro para a administração pública. “Os banheiros públicos mais próximos ficam na Praça Osório. Porém, acredito que a manutenção deles seja ruim”, afirma. “Muitas pessoas que precisam utilizar o banheiro acabam procurando os estabelecimentos comerciais, o que acaba sendo um pouco desagradável para os proprietários.” Freqüentador assíduo, Antenor é dono de um escritório nas proximidades da Boca e concorda com Luiz. Ele conta que muitas pessoas conhecidas pedem para utilizar o banheiro do escritório, o que acaba gerando alguns incômodos. “Sempre permito que as pessoas usem o meu banheiro, mas quando há clientes no escritório acho que fica um pouco chato”, comenta.

Os dois acreditam que, para garantir as condições de higiene e a ordem, os banheiros públicos não poderiam ser gratuitos e deveriam contar com a presença de um funcionário responsável. “Para garantir a manutenção e a higiene, a Prefeitura poderia cobrar uma pequena taxa dos usuários. Acreditamos que isso seria o correto”, comenta Luiz.

O aposentado Goianas Saraiva, que há 40 anos freqüenta a Boca Maldita, também percebe a necessidade de banheiros públicos, mas discorda dos colegas no que diz respeito à cobrança. Ele acredita que a instalação deveria ser um serviço gratuito a ser ofertado à comunidade. “Acho que a instalação de banheiros vem de encontro ao bem da coletividade. É obrigação do governo oferecer isto de graça à população.”

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