Ameaça

Frentistas podem entrar em greve na quarta-feira

Com ameaça da inédita greve de frentistas no Paraná a partir de quarta-feira (10), o consumidor que não quiser ficar sem combustível deve encher o tanque até terça (09).

A dica é do presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados do Paraná (Sindicombustíveis-PR), Roberto Fregonese, lembrando que a paralisação geral das centrais sindicais na quinta também pode afetar o funcionamento dos postos.

Impasse na negociação salarial da categoria, que tem data-base em maio, deve ser decidido pela Justiça, porque o Sindicombustíveis vai protocolar dissídio de greve no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

O Sindicato dos Trabalhadores de Postos de Combustíveis de Curitiba, região metropolitana e litoral (Sinpospetro) pede 18% de reajuste no piso de R$ 769, 20% no cartão-alimentação – que hoje soma R$ 273 – e meio piso de Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

A entidade patronal oferece 8,5% no salário, que, com o adicional de periculosidade passaria de R$ 1 mil para R$ 1.085; R$ 80 a mais no vale-alimentação mensal; e elevação da PLR de R$ 120 para R$ 150. Segundo Fregonese, a proposta contempla alta média de 14% nos benefícios.

“Esgotamos todas as possibilidades de negociação, mas eles são intransigentes. Por isso estou levando para a assembleia dos revendedores decidir que caminho tomar, na segunda-feira, às 17h, e ver se há possibilidade de acordo”, informa. Nesse mesmo dia e horário, a pedido do Sinpospetro, foi marcada audiência de conciliação no Ministério Público do Trabalho. Fregonese pediu adiamento.

Repasse

Segundo o presidente do Sinpospetro, Laírson Sena, os 30 mil funcionários no Estado – 8 mil só na Grande Curitiba e praias – vão aguardar melhora da proposta patronal até 20h de terça, quando farão assembleia para definir a estratégia da paralisação.

“Esperamos uma proposta qualificada e decente, de valorização do trabalhador e do ser humano. Caso contrário, vamos cruzar os braços por tempo indeterminado”, avisa. Fregonese reconhece o direito de greve dos trabalhadores, mas ressalta que qualquer aumento vai encarecer os combustíveis nas bombas.

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