Friozinho só na quinta

Frente fria se aproxima e derruba as temperaturas

Depois do fim de semana com temperaturas que não subiram muito e chuvas isoladas na Região Metropolitana de Curitiba e nos Campos Gerais, nova frente fria irá se aproximar entre amanhã e quarta-feira. A semana começa com máximas nas casas dos 24 graus, dias nublados e pancadas de chuvas durante a tarde.

“A tendência é de um pouco de instabilidade, com preferência de chuvas no período da tarde por causa do calor”, explica o meteorologista do Instituto Tecnológico Simepar, Fernando Mendes. De acordo com ele, a chegada da frente fria na região de Curitiba seguida pelo vento quadrante sul, entre terça e quarta-feira, vai derrubar as temperaturas na quinta-feira, que deve amanhecer com 16 graus. Além disso, a instabilidade continua até o fim da semana.

Para novembro, a previsão é de “condição de normalidade”, com chuvas adequadas para o período de primavera. “Teremos uma sequência mais estendida de aquecimento e as chuvas no período da tarde”.

Planeta

O resumo do 5.º Relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, da sigla em inglês), divulgado sábado, em Copenhague, na Dinamarca, mostra que se não houver ação imediata das nações para frear o aquecimento global, em pouco tempo, não haverá muito o que fazer. “A acumulação de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso na atmosfera alcançaram níveis sem precedentes em 800 anos”, comentou o presidente do IPCC, Rajendra Pachauri.

Entre 2000 e 2010, a produção de energia por meio da queima de combustíveis fósseis foi responsável por 47% da emissão globais de gases de efeito estufa. A indústria respondeu por 30%, o transporte por 11% e as construções por 3%.

Cientistas preveem impactos severos e irreversíveis para a humanidade e para os ecossistemas. “Meios de vida serão interrompidos por tempestades, por inundações decorrentes do aumento do nível do mar e por períodos de seca e extremo calor. Eventos climáticos extremos podem levar a desagregação das redes de infraestrutura e serviços. Há risco de insegurança alimentar, de falta de água, de perda de produção agrícola e de meios de renda, particularmente em populações mais pobres. Há também risco de perda da biodiversidade dos
ecossistemas”.