Fracassa retirada de destroços na BR-116

Terminou frustrada a primeira tentativa de içamento dos destroços que estão submersos, da ponte sobre a represa do Capivari, na BR-116. Depois de mais de duas semanas instalando o equipamento especial – que veio de São Paulo para realizar os trabalhos -, os cabos de aço não agüentaram o peso da estrutura.

Depois de içar os destroços a uma altura de dois metros e meio, os engenheiros resolveram interromper a operação por motivos de segurança. "Vimos que os cabos estavam meio fracos e resolvemos parar. Vamos trocá-los e tentar novamente", disse o engenheiro responsável pela obra, Ronaldo de Almeida Jares, do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transporte (Dnit) no Paraná.

Está marcada para hoje uma nova tentativa de içamento. Ontem, durante a tarde, os técnicos trocaram os cabos de aço e voltaram a ajustar as máquinas. Mergulhadores estão prendendo os cabos na estrutura que pesa cerca de 300 toneladas e está rompida em várias partes. Por isso, Jares afirma que o processo será lento. "É um trabalho delicado", disse.

Agora que as obras do muro de contenção da cabeceira da ponte já estão quase concluídas – a finalização será com a construção das vigas de concreto -, o içamento deste destroços é a última etapa antes da reconstrução da ponte que caiu no dia 25 de janeiro.

Para o içamento, foi montado um sistema de roldanas para a operação, adaptado para o local. Na parte de cima da ponte, no nível da rodovia, dois guinchos independentes, cada um deles ancorado por mais um caminhão e um trator, puxavam, ao mesmo tempo, cabos ligados a dois jogos de seis roldanas cada. Segundo Jares, o sistema reduz o peso do que está sendo içado e aumenta a potência dos guinchos, que terão de puxar – considerando o peso dos destroços e a tração – um total de 600 toneladas.

A empresa contratada para a operação, a LZ Resgat, já realizou o içamento de um submarino, mas nada como esse procedimento. "Faz 15 anos que trabalho com isso, mas içamento desse porte é a primeira vez", afirma Daniel Pereira, responsável pela empresa.

Congestionamento

Outra ponte, também na BR-116, só que no km 366, na altura da cidade de Miracatu, em São Paulo, está complicando a vida da população. Ontem, os motoristas que passaram pela rodovia tiveram que enfrentar um congestionamento de 15 quilômetros por causa da limitação na passagem sobre a ponte do Rio São Lourencinho, que liga São Paulo a Curitiba. A viagem dos motoristas atrasou em duas horas e meia porque o Dnit determinou a interdição parcial da ponte que está com a estrutura abalada. Durante 180 dias – tempo previsto para finalizar as obras – será utilizada alternadamente apenas uma faixa da ponte.

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