Fracassou mais uma vez a tentativa de retirar os restos do navio chileno Vicuña que explodiu e afundou no píer da empresa Cattalini, no Porto de Paranaguá. De acordo com o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Rasca Rodrigues, na hora de içar o navio, uma das correntes que estavam presas na proa se deslocou, fazendo com que o peso do navio ficasse desbalanceado.
Dois guindastes estavam fazendo o içamento do navio: um da proa e outro da popa. De acordo com João Antônio de Oliveira, fiscal do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Paranaguá, ainda há óleo na popa no navio, deixando a parte traseira mais pesada. Por questões de segurança e temendo que o guindaste não agüentasse o peso em excesso, a operação foi suspensa por volta das 9h40 da manhã. A proa do navio, que pesa cerca de 190 toneladas, deveria ter sido retirada ontem da baía.
Como existe a limitação imposta pelo IAP – de realizar a retirada do navio até, no máximo, às 14h em função das condições climáticas mais favoráveis para conter um possível vazamento de óleo -, a operação não foi retomada.
Uma nova tentativa de retirar o Vicuña está marcada para começar esta manhã. A proa do Vicuña é a segunda das sete partes do navio a ser liberada pelos técnicos para ser transportada. O casario, onde ficavam as acomodações da tripulação, já foi recortado e removido. Depois da proa, ainda restarão cinco outras partes para remoção. A empresa que venceu a licitação para retirar o navio do porto tem prazo de 90 dias – que vence em 15 de março – para concluir o trabalho.
O navio chileno Vicuña explodiu na noite do dia 15 de novembro. Dos 28 tripulantes que estavam a bordo no momento da explosão, quatro morreram. A explosão causou vazamento de óleo e metanol na Baía de Paranaguá. (Sâmar Razzak)