O Paraná vai ganhar sua terceira universidade federal, desta vez em Foz do Iguaçu. O Ministério da Educação (MEC) confirmou o município como sede da futura Universidade Latino-Americana (Unila). A meta é atingir 10 mil alunos, com início da primeira turma de graduação em 2009.
Visando a integração regional, a instituição deverá reservar 50% das vagas para estudantes dos países da América Latina e 50% das vagas para docentes será destinada a professores visitantes. Para o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Carlos Augusto Moreira Júnior, a Unila será uma grande ferramenta para a integração latino-americana. ?Pelo perfil que está sendo adotado vai ser uma universidade única no País. Hoje temos especialistas na Alemanha e nenhum no Paraguai. Precisamos conhecer nossos vizinhos?, destacou.
Na opinião de Moreira, a instalação da Unila diminui a disparidade entre os estados em relação ao número de universidades. ?A implantação de mais uma universidade federal no Estado é o início de uma dívida que começa a ser paga pelo governo federal ao Paraná. Afinal, outros estados têm mais universidades que nós?, disse. Por ser a universidade que mais tempo trabalhou na viabilização do projeto, segundo Moreira, a UFPR deverá ser âncora para outras iniciativas, como contribuição nos futuros cursos de especialização e mestrado ou doutorado. ?O repasse de recursos será feito, inicialmente, pela UFPR?, afirmou Moreira.
Assumindo o compromisso de disponibilizar a área para o futuro campus, a Itaipu Binacional proporcionará a articulação entre instituições que já estão presentes no Parque Tecnológico Itaipu (PTI). Para agilizar o processo de implantação da Unila, o Instituto Mercosul de Estudos Avançados (Imea), que já está abrigado no PTI, deverá coordenar o projeto.
A Unila integra o Programa de Expansão do Sistema Público Federal de Educação Superior, componente do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). O próximo passo para a iniciativa deve partir do MEC, que precisa encaminhar à Itaipu uma solicitação formal de transferência para a União da área designada para a universidade. De acordo com a legislação, o governo federal só pode executar obras em área de domínio da União.
Até o fim do ano, o ministro da Educação, Fernando Haddad, deve designar um conselho superior, com integrantes de diversos países, e um conselho diretor, encarregado do processo de instalação da universidade.
