Integrantes do Fórum Popular contra a Venda da Copel promoveram ontem de manhã, na Boca Maldita, Centro de Curitiba, e na Rua Coronel Dulcídio, no bairro do Batel, em frente à sede da Copel, manifestação para comemorar o aniversário de um ano do protesto em que estudantes ocuparam o plenário da Assembléia Legislativa do Paraná. No local, deputados votavam o projeto de iniciativa popular que tentava impedir a venda da estatal.
Com cartazes e jornais do dia 15 de agosto do ano passado, os manifestantes lembravam a população sobre o acontecido. Panfletos, com o nome dos deputados que votaram contra e a favor da privatização, eram distribuídos aos transeuntes. “Naquele dia, a polícia impediu que os estudantes exercessem sua cidadania, proibindo-os de entrar no plenário. Então, eles invandiram a Assembléia com o objetivo de se fazerem ouvir”, lembra o diretor-financeiro do Sindicato dos Eletricitários de Curitiba, Stanislaw Granowski. Segundo o presidente da União Paranaense dos Estudantes Universitários (UPE), Madson de Oliveira, relembrar o nome dos deputados que votaram a favor da venda da Copel é uma forma de impedir que eles aparecem em época eleitoral fingindo que nada aconteceu.
Para o representante da União Paranaense dos Estudantes de 1.º e 2.º Graus (Upes), Paulo Klauss, as denúncias de vandalismo feitas contra os estudantes foram exageradas e injustas, pois apenas um vidro e uma cadeira haviam sido quebrados durante a confusão. “É triste ver que, após a manifestação, a Assembléia, que é a “Casa do Povo?, está toda cercada por grades”, lamenta. “O povo não é bandido e tem direito de intervir no que está sendo decidido.”
