Começou ontem e termina hoje, em Curitiba, o 1.º Fórum da Liberdade do Paraná. O evento reúne jovens empresários e formadores de opinião para discutir questões de relevância nos cenários político, econômico e socioambiental no País. Os palestrantes são pessoas de renome em diversas áreas, como o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco. Brasil: como posso fazer a diferença? é o tema do encontro.
O fórum está sendo promovido pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), através da Universidade da Indústria (Unindus) e pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE) do Rio Grande do Sul, que há 19 nos realiza o fórum naquele estado. ?O fórum se mostra muito importante num momento em que a política está sendo mal utilizada?, destaca o diretor da Unindus, Marcos Schlemm.
Segundo o diretor do IEE, Paulo Uebel, o principal objetivo do encontro é discutir questões de vanguarda com jovens empresários, focando a livre iniciativa, economia de mercado e estado de direito. ?Todos têm opinião e são bem fundamentadas. Esse é o grande diferencial do IEE na formação de líderes?, destaca Uebel.
Um dos palestrantes do encontro será o professor e diretor do Centro de Pesquisas Econômicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), José Luís Oreiro. Segundo ele, o Brasil precisa retomar o crescimento com urgência, do contrário corre o risco de enfrentar uma crise econômica igual a vivenciada pela Argentina. ?De 1950 a 1980, o Brasil crescia 7,7% por ano. Se tivesse continuado no mesmo ritmo o PIB hoje seria de 2 trilhões, o dobro do registrado hoje?, fala. Ao lado dele, participam do painel econômico o ex-presidente do Banco Central e a economista chilena, Rosanna Costa, que vai falar do modelo econômico do seu país, que em 10 anos reduziu a pobreza pela metade.
O consultor de renome na América Latina, Fernando Sánchez-Arias, vai falar sobre o tema central. Ele explica que para se ter um país com altos indicadores de desenvolvimento econômico e social é necessário a formação de líderes com qualidade, desde os familiares, comunitários, empresários e também políticos. ?É necessária a participação de cada um?, diz.
De acordo com Marcos, todos os temas discutidos vão ser levados para os candidatos nas eleições de outubro e a intenção é que o fórum seja realizado todos os anos, assim como no Rio Grande do Sul.