A violência verificada nos arredores do campus de Curitiba da PUCPR é motivo de preocupação de professores, pais, alunos e funcionários. Entre as ocorrências registradas na região estão assaltos, abordagens a estudantes e roubo de objetos deixados dentro de veículos. Para discutir possíveis soluções para o problema, a universidade promoveu, durante todo o dia de ontem, um Fórum de Segurança Pública com a participação de representantes das polícias Civil e Militar, Associação de Moradores do Prado Velho e Prefeitura.
Segundo o delegado de polícia titular do 2.º Distrito da Polícia Civil, Rogério Martim de Castro, que atende os bairros Água Verde, Rebouças, Parolin e Prado Velho, a região onde a PUC está localizada é considerada perigosa devido principalmente à proximidade com a Vila Torres, onde costumam ser registrados altos índices de violência. Entretanto, não existem quadrilhas responsáveis pelos atos cometidos na região, que acontecem em horários variados.
?São diversos os responsáveis pelos roubos e assaltos, o que acaba dificultando um pouco o nosso trabalho. Nas proximidades da PUC, a melhor solução é a intensificação do policiamento preventivo, que serve para inibir a ação de bandidos. Para que o mesmo aconteça de forma eficaz, estamos trabalhando em parceria e mantendo contato intenso com a Polícia Militar?, afirmou.
Na opinião do pró-reitor comunitário da PUCPR, Ricardo Tescarolo, a insegurança não atinge apenas os arredores da universidade. Por isso, para combatê-la, é preciso que haja integração de esforços da sociedade como um todo. ?O problema não é local, o que exige um pensamento de forma global. O que acontece hoje nos arredores da universidade é reflexo de algo muito mais abrangente e que tem causas múltiplas, com características sociais, econômicas, educacionais, jurídicas e culturais?, declarou.
A curto prazo, o pró-reitor acredita que a solução para o problema é melhor organizar a segurança dentro do campus da instituição. ?Faremos isso de acordo com nossas atribuições legais e contando com o apoio da comunidade.? Porém, a médio e longo prazos, precisa ser encontrada uma solução educacional, que envolva um grande esforço para a formação ética da cidadania da população. ?A PUCPR se preocupa com a responsabilidade social e mantém projetos comunitários. Porém, a solução dos problemas gerados pela violência também envolve maior conscientização política e judicial, além da superação de ideologias desagregadoras?, finalizou.