Pelas mãos de pescadores ela foi encontrada no Rio Paraíba, em 1717, e até hoje as graças de Nossa Senhora Aparecida são aclamadas por um exército de fiéis que dedicam a ela uma devoção semelhante ao afeto que nutrem pelas mães biológicas.

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Hoje, data em que se comemora o Dia da Padroeira do Brasil, a programação, em várias igrejas de Curitiba e região metropolitana, será formada por uma série de atividades que vão de missas às bênçãos de crianças, carros e pessoas, passando por procissões e ações festivas como almoços de sorteios de prêmios. Na Catedral Basílica de Curitiba, às 10h, haverá a Missa Solene, presidida por dom Moacyr José Vitti, arcebispo metropolitano de Curitiba.

Para os católicos mais dedicados e que não tiveram a oportunidade de ir ao santuário nacional, na cidade de Aparecida, as quatro paróquias pertencentes à arquidiocese de Curitiba também preveem um dia repleto de emoção com homenagens e eventos paralelos.

“Além dos coroinhas e das pessoas que já colaboram com a liturgia, outros 200 voluntários das sete comunidades vinculadas a nossa paróquia estão engajados na realização das ações previstas para o dia”, revela o padre James Dalalasta, responsável pela Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Campo Largo, município da RMC.

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De acordo com o padre, cerca de 20 mil fiéis são atendidos pela paróquia. A frente da instituição há dois anos e meio, o padre conta que coleciona relatos de pessoas que atribuem à santa muitas graças.

“Recentemente ouvi de uma senhora que fraturou a região cervical da coluna vertebral e estava paraplégica que ela fez uma promessa a Nossa Senhora Aparecida e foi curada, voltou a ter plenos movimentos das pernas e a lesão sumiu completamente nos novos exames”, recorda padre James Dalalasta.

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A secretária paroquial Marielen Borges da Silva Vieira confirma a confiança e o afeto que os católicos em Campo Largo possuem pela santa. “Ela tem o mesmo significado na minha vida que minha mãe, pois as duas me deram a minha existência””, declara-se.

Primeira

A Paróquia Nossa Senhora Aparecida do bairro Seminário, em Curitiba, foi a primeira a ser batizada com o nome da padroeira do Brasil. Quem pleiteou o nome foi o padre Vítor Coelho responsável pelo local na época, por volta do ano de 1938.

“O padre quis atender às diversas missões organizadas pela comunidade em louvor a Nossa Senhora Aparecida”, conta o pároco Pedro Renato Carlesso. Para ele, o sentimento dos fiéis se baseia na própria história da padroeira. “Não poderia ser diferente essa devoção popular, uma vez que ela foi encontrada pelas mãos do povo”, sintetiza.

Sessenta toneladas de fogos para homenagear a padroeira

O comércio de fogos de artifício em Curitiba e região metropolitana foi bastante movimentado nos últimos dias por conta do Dia de Nossa Senhora Aparecida. Em todo o País é tradição detonar fogos de artifícios pontualmente ao meio-dia.

O ritual está vinculado ao barulho dos sinos que ecoavam por toda a cidade há séculos atrás. A tradição também faz referência ao costume de rezar antes do almoço com a oração Ângelus, texto do Evangelho segundo São Lucas que trata do momento da anunciação em o anjo conversou com Maria.

Para a Associação Industrial e Comercial dos Fogos de Artifícios do Paraná, que congrega 28 associados, a data é um das principais para o setor. Neste ano, segundo o presidente da entidade, Rodolpho Aymoré Júnior, as vendas tiveram um crescimento de 22,6%.

Enquanto em 2009, um total de 42 toneladas foram vendidas só entre Curitiba e RMC, neste ano, o ,volume de vendas deve fechar em torno de 60 toneladas. “Em termos de faturamentos, projetamos nada menos que R$ 450 mil”, comemora o presidente.

Para o setor a data é uma das principais do ano. “O foguetório do meio dia será bem barulhento, pois as pessoas compraram muitos fogos para homenagear Nossa Senhora Aparecida”, afirma Rodolpho Aymoré Júnior.

Vale destacar que, em um sábado normal o setor comercializa aproximadamente R$ 30 mil, contudo, no último sábado (dia 09) as vendas atingiram a cifra de R$ 100 mil.

Segurança

Entre os fiéis, ninguém duvida da proteção de Nossa Senhora Aparecida, no entanto, alguns cuidados com a escolha e manipulação do fogos de artifícios podem fazer toda a diferença. Conforme recomendações da Associação Industrial e Comercial dos Fogos de Artifícios do Paraná, o primeiro passo diz respeito a procedência do produto.

Deve-se sempre comprar em lojas credenciadas, pois as clandestinas representam um risco muito grande, visto que não armazenam de modo adequado os fogos de artifícios e a confecção dos mesmos é de qualidade duvidosa. A 2.ª e 3.ª orientações da Associação são complementares e tratam das instruções de uso que aparecem na embalagem dos produtos.