O incêndio no Parque Nacional de Ilha Grande, no Noroeste do Estado, divisa com o Mato Grosso do Sul, chega a seu sétimo dia fora de controle. O vento forte, a falta de chuvas e o terreno alagado seguem sendo os principais adversários da brigada de incêndio, formada por oficiais do Corpo de Bombeiros, funcionários do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e voluntários. Segundo informações do próprio Corpo de Bombeiros 70% da vegetação da Ilha Grande, a maior do arquipélago que forma o parque, que tem uma extensão de 100 quilômetros, já foi destruída.
O subtenente Avelino, do Corpo de Bombeiros, de Umuarama, afirmou que a frente sul do fogo foi controlada com a construção de um aceiro (abertura na mata para evitar que o fogo se propague), mas, como o vento está soprando de sul para norte, a situação segue incontrolável na frente norte, para onde todos os homens foram deslocados.
?Na parte norte é onde o terreno é mais alagado, não há muito o que fazer por terra e, tudo o que é feito, o fogo vem com tanta velocidade que ultrapassa facilmente?, lamentou. A equipe está tentando construir novos aceiros em partes de terra seca, enquanto os helicópteros despejam água sobre as chamas para tentar diminuir sua intensidade.
Lembrando que o parque é uma unidade de conservação, cuja manutenção é de responsabilidade do Ibama (inclusive em casos de incêndio florestal), e que o Corpo de Bombeiros está apenas prestando um apoio devido à gravidade do caso, o subtenente comentou que a falta de combate adequado no início do incêndio é uma das causas que levaram o fogo a um nível fora de controle.
?Durante o feriadão (entre sábado, quando o incêndio começou, e segunda-feira), não tivemos nenhum apoio operacional, combatemos o fogo apenas com foices e abafadores. Se os tratores e os helicópteros, que só chegaram ao parque na terça-feira, estivessem aqui no domingo, acredito que teríamos controlado o fogo?, comentou.