Sem obter êxito com campanhas educativas, a Prefeitura de Londrina resolveu mexer no bolso dos moradores para tentar acabar com os focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. A partir de segunda-feira, o dono de imóvel que tiver identificado algum local que facilite a proliferação do mosquito – como recipientes com água parada – será multado. Os valores variam de R$ 50 a

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R$ 550, e em caso de reincidência, podem dobrar. Os estabelecimentos comerciais poderão ser interditados ou perder o alvará de funcionamento. Uma lei municipal já prevê esse tipo de medida, porém a novidade agora é que, ao invés da Vigilância Sanitária aplicar a multa, os 180 agentes de saúde vão emitir as notificações. Os moradores estão sendo informados da medida pelos funcionários da Sanepar.

O secretário de Saúde de Londrina, Silvio Fernandes da Silva, avalia que a decisão pode encontrar alguma resistência, mas diz que foram esgotadas as possibilidades de conscientizar a população de outra forma. A Prefeitura quer evitar uma nova epidemia da doença, como a de 2003, quando ocorreram mais de sete mil casos de dengue e dois óbitos. Em 2006, foram apenas sete casos importados.

O Levantamento do Índice Amostral (LIA) na primeira quinzena de janeiro apontou um índice geral de focos do mosquito de 4,7%. O tolerável pela Organização Mundial de Saúde é 1%.

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