Chuniti Kawamura / O Estado do Paraná |
Muitos comerciantes reclamam da concorrência com supermercados. |
O comércio de flores de Curitiba já está se mobilizando para o Dia de Finados, em 2 de novembro. Considerada uma das principais datas para o setor, alguns lojistas estão ampliando os estoques e até contratando funcionários temporários. Mas apesar do otimismo da maioria, alguns reclamam da concorrência, principalmente dos supermercados.
O comerciante Francisco Macedo Machado está otimista com as vendas deste ano, já que em 2003 faltaram produtos para atender à demanda. “Nesse ano vou me preparar melhor e ampliar o número de mercadorias”, comentou. Entre vasos de crisântemos e maços de flores, que são os campeões de vendas nesta data, Machado espera vender cerca de 1,5 mil unidades. Além disso, estará contratando mais cinco pessoas para trabalhar durante três dias na floricultura.
A Secretaria Municipal de Urbanismo definiu 106 espaços para a venda de flores e velas nos cemitérios municipais do Boqueirão, Santa Cândida e Água Verde. Esse tipo de venda, diz o florista, não chega a afetar o comércio estabelecido, já que muitos desses pontos são ocupados pelos próprios comerciantes. Além disso, eles ficam instalados atrás dos cemitérios e não concorrem com as floriculturas.
Funcionando há pouco mais de quatro meses em um novo ponto, a comerciante Josiane Dyniewicz diz que espera ter o mesmo desempenho do ano passado: “A expectativa é boa, e vamos tentar manter os mesmos valores de 2003”. Ela estima que tanto os crisântemos quanto os maços poderão ser vendidos por R$ 5. Já a comerciante Célia Silva não faz projeções para a data, pois afirma que o movimento é muito fraco pela localização da floricultura, que não fica próxima a qualquer cemitério.
Ela também reclama da concorrência desleal dos supermercados: “Enquanto a gente paga no fornecedor R$ 9 um vaso de lírio, o mesmo produto é vendido por R$ 3,99 no supermercado”, explicou. A mesma observação fez Josiane Dyniewicz. Segundo ela, os supermercados conseguem vender mais barato porque compram em grandes quantidades: “E nós temos ainda o custo da embalagem e do tratamento da flor”, acrescentou.
Cemitérios
Até o final desta semana, o Sindicato do Comércio Varejista de Flores e Plantas de Curitiba e Região (Sindiplan) deve divulgar a tabela de preços médios dos produtos mais vendidos na época. A tabela é montada de acordo com o valor das flores repassado pelos fornecedores. A estimativa é que se mantenha os mesmos preços praticados no ano passado. Só na capital existem cerca de 500 floriculturas e comércios de plantas.
E a Prefeitura de Curitiba está informando que os serviços de limpeza, manutenção e pequenas reformas nos túmulos dos cemitérios municipais podem ser feitos até o dia 28 de outubro. O prazo foi estabelecido pelo Serviço Funerário Municipal para evitar atropelos de última hora, e também para que a prefeitura tenha tempo de preparar os cemitérios para o Dia de Finados. Cerca de 50 mil pessoas deverão passar por esses locais no feriado.