Trinta trabalhadores que atuavam em condições de trabalho degradantes na extração da erva-mate, no município de Bituruna, na região sul do Paraná, foram resgatados nesta semana pelo Grupo de Fiscalização do Trabalho Escravo. Os trabalhadores estavam em propriedade da Madeireira Miguel Fortes, de União da Vitória.
Sem registro em carteira de trabalho, os trabalhadores (oriundos de General Carneiro e Bituruna) ainda tinham que dormir em chão de terra batida à beira de um riacho, ficavam sem água potável e não tinham equipamentos de proteção individual.
“Eles pagavam até pela lona plástica com a qual tinham que improvisar as barracas”, relata o procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) Gláucio Araújo de Oliveira.
Um acordo judicial determinou o pagamento de R$ 300 mil por danos morais coletivos, além de R$ 1 mil para cada trabalhador de indenização. O valor referente às rescisórias vai ser pago até a próxima quarta-feira.