A bursite, inflamação de bolsas membranosas que possuem as funções de impedir os atritos ou desgastes dos tendões quando eles passam pelo osso, atinge milhares de pessoas, inclusive o presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva. Segundo a fisioterapeuta Eliane Ribas Gomes Maia, essas bolsas encontram-se no ombro, cotovelo, joelho e calcanhar. “As pessoas mais afetadas são aquelas que praticam movimentos repetitivos, como tenistas, nadadores, jornalistas, entre outros”, afirma.
De acordo com ela, a inflamação pode resultar da atividade desacostumada ou excessiva numa musculatura normal, onde a estrutura e musculatura podem encontrar-se debilitadas, ou devido a um esforço normal em uma musculatura anormal. “Fazendo que ocorra atritos e pressões excessivas sobre a bolsa que inflama”, diz a fisioterapeuta. Eliane diz que o processo inflamatório é provocado por encurtamento muscular, LER (lesão por esforço repetitivo), traumas e outras alterações.
“Na fase aguda é comum deixar o paciente com o ombro imobilizado, mas sempre cuidando para não ser por tempo prolongado, pois pode levar a uma retração fibrosa”, diz. Ela explica que após esta fase os clínicos recomendam fisioterapia para a diminuição da inflamação. “O objetivo da fisioterapia é aliviar o quadro algico com o emprego de técnicas fisioterápicas, conforme a necessidade de cada indivíduo”, informa.
A fisioterapeuta salienta que a falta de tratamento causa a limitação do movimento da articulação, podendo evoluir e ocasionar a perda total dos movimentos. “A perda dos movimentos é causada por retrações musculares, capsulares e tendinosas, devido à inatividade dos movimentos da articulação”, explica a fisioterapeuta.