A concentração do fluxo de ônibus e carros no portão principal da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na manhã desta quinta-feira, 5, provocou congestionamento na Rodovia do Xisto. De acordo com sindicalistas, a empresa promoveu uma fiscalização em todos os veículos. “Foi uma manobra para confundir a Justiça local, que concedeu interdito probitório e determinou multa ao sindicato de R$ 100 mil por portão bloqueado. Não fizemos nenhum bloqueio. O congestionamento foi provocado pela própria empresa”, diz o presidente do Sindipetro PR e SC, Mario Dal Zot.
Segundo o dirigente, a adesão dos funcionários diretos é maciça, em torno de 90%. Somente os terceirizados, cerca de 2 mil pessoas, permanecem trabalhando normalmente na empresa. Na avaliação do sindicalista, a situação fica cada dia mais insegura por causa das jornadas intensas da equipe de contingência, responsável pela manutenção da operação da refinaria desde domingo. “São mais pessoas expostas ao risco. Esses funcionários estão esgotados e isso vai se refletir na produção e na segurança de todos”, observa. A reportagem solicitou posicionamento oficial da empresa sobre a fiscalização, mas ainda não obteve retorno.