A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou recentemente uma resolução (RDC 210) sobre a necessidade de atualização das informações técnicas na fabricação de remédios. Para atender esse novo quesito, 29 fiscais da Vigilância Sanitária municipal e estadual participaram durante esta semana do primeiro curso no Estado de reciclagem sobre a validação de todo o processo e de equipamentos. Os participantes fizeram ontem uma visita ao laboratório do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), onde são fabricados insumos para vacinas distribuídas pelo Ministério da Saúde.
De acordo com Patrícia Oliveira, diretora executiva da Bap Consult – empresa responsável pelo treinamento -, os fiscais passaram por quatro dias de aulas teóricas e ontem puderam ver na prática como funcionam as boas práticas de fabricação de medicamentos. “O Tecpar é um dos mais avançados nessa área e por isso estamos fazendo essa visita técnica”, explica. “Com a criação da Anvisa, várias regras foram estipuladas para dar melhor qualidade e garantia na fabricação de remédios. Como essas publicações são constantes, os fiscais precisam estar adequados e isso vai melhorar a fiscalização”, comenta Patrícia. Ela esclarece que as boas práticas de fabricação abrangem “desde a recepção da matéria-prima até a validação de um equipamento. É muito extenso, pois tudo na indústria farmacêutica é trabalhado”.
O Tecpar produz a vacina anti-rábica para uso canino. O Ministério da Saúde encomendou 29 milhões de doses para este ano, a fim de serem usadas em campanhas de profilaxia da raiva. “Além disso, temos uma planta industrial que produzia vacina tríplice. Por questões de remanejamento do ministério, deixamos de produzi-la”, comenta Júlio Salomão, diretor administrativo-financeiro do instituto. Agora, o Tecpar fabrica um dos insumos da vacina quádrupla – a proteína monomérica tetânica -, que protege contra a meningite. Essa parte é encaminhada para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, que finaliza a vacina.
