Final de semana trágico nas estradas do Paraná

As más condições climáticas, aliadas à imprudência dos motoristas, fizeram com que o último final de semana fosse trágico nas estradas que cortam o Paraná. Embora não tenha havido feriado, foi verificado um grande número de acidentes, pessoas feridas e óbitos.

Nos cerca de 16 mil quilômetros de rodovias sob jurisdição da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), da zero hora de sábado até o final de domingo, foram registrados 120 acidentes, com 102 pessoas feridas e catorze mortos. No mesmo período, nos cerca de 1.100 quilômetros sob responsabilidade da Polícia Rodoviária Federal (PRF), aconteceram 68 acidentes, que resultaram em 31 feridos e quatro pessoas mortas.

Segundo o chefe de operações da PRE, Sheldon Vortolin, é normal que nos finais de semana o número de acidentes nas estradas seja maior, pois é geralmente nos sábados e domingos que as pessoas se deslocam para visitar familiares ou simplesmente em busca de um lugar para descansar. Porém, nos últimos dias 20 e 21, além dos perigos normais geralmente verificados ao longo das rodovias, os motoristas enfrentaram muita chuva.

"As pessoas que saem para viajar nos finais de semana muitas vezes não estão acostumadas a dirigir em rodovias. Adaptadas ao trânsito das cidades, onde se anda a uma velocidade de sessenta ou setenta quilômetros por hora, elas normalmente estranham quando precisam acelerar um pouco mais. Quando chove, a situação se torna ainda mais complicada", afirma.

Como não chovia há várias semanas, Vortolin diz que é muito provável que nos últimos dias as pistas tenham ficado um pouco mais escorregadias que o normal. De acordo com ele, a ausência de precipitações por um grande período de tempo faz com que se acumulem sobre o asfalto poeira, terra, areia, graxa, óleo, combustível e resíduos de pneus. "Quando chove, todos estes produtos se misturam e formam uma espécie de lama. A água da chuva, a visibilidade reduzida em função de neblina e a inexperiência de quem dirige acabam formando uma combinação mortal nas estradas. Porém, o risco é ainda maior quando a imprudência também está envolvida.

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