Fim do prazo para desocupação de terra em Cascavel

Termina hoje o prazo para desocupação dos integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) da Fazenda Bom Sucesso, em Cascavel, oeste do Paraná.

Integrantes dizem que não estão acampados no local e que, por isso, não precisam se retirar de onde estão.

O acampamento está montado em frente à Fazenda Bom Sucesso, mas uma parte do terreno é ocupada com plantio. ?Nessa área em que é pedida a reintegração de posse, o pessoal da fazenda derrubou 50 alqueires de mata nativa sem autorização?, acusou o coordenador nacional do MLST, Joaquim Ribeiro. De acordo com Ribeiro, as denúncias foram feitas ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP). A informação não foi confirmada pelo órgão.

Desde sexta-feira, funcionários da fazenda não conseguem entrar de carro no local. Integrantes do MLST teriam feito uma valeta de um metro de largura por um metro de profundidade na entrada da fazenda e o acesso só poderia ser feito a pé ou a cavalo. Segundo informações de um funcionário da área administrativa da fazenda, Valmir Alves, foi registrado boletim de ocorrência na Polícia Civil.

O coordenador do MLST desmentiu a versão. ?Essa acusação é um absurdo. Não sabemos onde está essa valeta, que pode ter sido feita de dentro do próprio local, onde não temos acesso?, afirmou Ribeiro. ?Estão procurando incentivar um conflito desnecessário de todas as formas possíveis?, completou.

Na última quarta-feira, dois oficiais de Justiça e três jornalistas foram mantidos presos por um grupo do MLST no local. Os oficiais levaram o mandado de reintegração de posse e foram impedidos de sair do local. Eles só foram liberados após a chegada de uma equipe de policiais.

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