Fim de convênio gera protesto de servidores em Maringá

Aproximadamente cem servidores estaduais de Maringá, na região noroeste do Estado, protestaram na manhã de ontem contra o término do convênio do Sistema de Assistência à Saúde (SAS) no Hospital Santa Rita.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), o fim do atendimento pelo SAS nesse hospital deixará 44 mil servidores da região de Maringá desamparados.

De acordo com o presidente do Sinteemar, Éder Rossato, os servidores foram desrespeitados. “Queremos a reativação do SAS no Santa Rita. Na última segunda-feira o serviço simplesmente foi cessado. Isso deixou os servidores que estavam em tratamento sem amparo. A categoria ficou sem saber o que fazer com o término do convênio, principalmente aqueles que já tinham consultas marcadas, precisavam tirar pontos ou até mesmo continuar seus tratamentos quimioterápicos”, afirma. “O que o hospital fez foi de grande irresponsabilidade. Vidas dependem desse serviço e poderão ser perdidas caso nada aconteça”, ressalta.

Já para a administração do hospital, a manifestação foi feita no endereço errado, pois o Santa Rita é apenas um prestador de serviço do Estado, contratado por meio de uma licitação que valia de 2005 até janeiro de 2010.

“Avisamos a Seap (Secretaria de Estado da Administração e Previdência) de que o contrato estava terminando e que não tínhamos mais interesse em manter o convênio, uma vez que estávamos tendo prejuízo por conta do baixo valor pago (R$ 20 por vida entre 2005 e 2008 e R$ 21,10 entre 2009 e 2010). Apenas em 2009 tivemos mais de R$ 1 milhão em prejuízo”, explica o superintendente do Hospital Santa Rita, Hiran Castilho.

De acordo com ele, mesmo com o término do contrato, a secretaria pediu para que a prestação do serviço durasse mais alguns meses, o que aconteceria por meio de um contrato emergencial.

“Esse tempo foi pedido para que fosse feita uma análise de valores. Falei que eu seguiria com o SAS apenas se esse contrato pudesse ser rescindindo pelas duas partes, o que não aconteceu. O contrato previa que só o contratante podia rescindir, o que somos contrários”, explica. Por conta disso, o hospital parou de atender o convênio. Quanto aos avisos aos usuários, Castilho afirma que “os mesmos deveriam ter sido feitos pela própria secretaria”, diz.

Em nota, a Seap informou que representantes do governo do Paraná e dos servidores públicos estaduais farão hoje uma reunião com diretores de hospitais de Maringá e municípios da região para tratar da contratação de novo prestador de serviço do SAS no funcionalismo.

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