Filhos começam a buscar presente do Dia das Mães

Com um olho no calendário e outro no bolso, o consumidor já começa a circular pelas ruas e shoppings de Curitiba em busca do presente do Dia das Mães. Na comparação com o ano passado, as projeções do comércio dão conta de uma taxa de crescimento que varia de 5,5% a 9%, com valor médio do presente entre R$ 100 e R$ 172, de acordo com as pesquisas. Do lado de quem vai pagar a conta, porém, R$ 100 é o limite previsto por boa parte dos consumidores.

Felipe Rosa
Sônia: presente terá que caber no meu orçamento.

Para a professora e pedagoga Jaqueline Moraes, 48 anos, que é filha, mãe e avó, a data é especial e os preços estão razoáveis, mas a homenagem deve ser proporcional ao tamanho do bolso, não do coração. “Minha mãe tem tudo, mas eu quero agradar, mas embora ela goste muito de joias, neste ano não posso passar dos R$ 100 no presente”, explica. Como mãe, ela brinca que adoraria ganhar um carro ou casa, mas também acha que as filhas e o neto devem seguir o mesmo caminho da prudência financeira.

No caso do auxiliar de escritório Brian Cainnã Zago, 18 anos, o planejamento seguido à risca durante o ano todo vai permitir que ele desembolse R$ 150 no presente. “Guardo dinheiro todo o mês, pensando nas datas importantes e na faculdade”, explica. Zago quer dar um grande buquê de rosas para sua mãe. “Ela adora flores”, explica.

A vendedora Sônia Aparecida Ribeiro, 52 anos, reconhece que a data ainda é a segunda mais importante para o comércio e que a expectativa é de aumento nas vendas em relação a 2012, mas como consumidora ela é reticente. “Dia das Mães é todo dia e qualquer valor é pequeno diante da importância da mãe. A minha gosta de roupas e joias, mas o presente terá que caber no meu orçamento”, comenta.

Felipe Rosa
Brian guarda dinheiro todo mês e vai gastar R$ 150.

Endividamento e inflação alta preocupam

No levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Curitiba, a capital paranaense ainda movimentará mais o comércio do que o restante do País. Pela projeção da CDL, enquanto os curitibanos pretendem gastar, em média, R$ 100, no País a expectativa cai para R$ 80. As vendas na comparação com 2012 também devem ser melhores aqui, com alta de 5,5% contra 4% no âmbito nacional.

Apesar de número melhores, fatores como endividamento das famílias (entre 30% e 40%) e pressão inflacionária principalmente nos combustíveis e alimentos seguem freando a decisão de compra dos brasileiros. “Esses indicadores são preocupantes, mas mãe é especial e as pessoas irão às compras em busca de bons presentes, como roupas, calçados, joias e flores”, afirma o presidente da CDL Curitiba, André Luiz Pellizzaro. Segundo ele, móveis e eletrodomésticos ocupam as últimas posições no ranking de preferências. “As famílias cada vez mais presenteiam as mães com itens pessoais ao invés de dar um produto para casa. As mães ficam mais satisfeitas e o comércio também”, analisa.

Felipe Rosa
Jaqueline: não posso passar dos R$ 100 no presente.

De qualquer forma, ele recomenda aos fi,lhos endividados que antes de sair gastando o que não tem, procurem regularizar a situação financeira. “Não dá para comprometer mais de 30% da renda com crediário”, orienta.

Planejamento

A CDL Curitiba se prepara para lançar o programa Consumo Consciente, que vai prestar orientações gratuitas para o consumidor administrar gastos e dívidas. No site www.cdlcuritiba.org.br, já é possível se cadastrar no Cadastro Positivo de Crédito, lista que passará a valer em agosto. A iniciativa vai contemplar o bom pagador com juros mais baixos em diferentes transações comerciais.

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