As filas na única lotérica de Matinhos são constantes. |
Matinhos – O verão está sendo um dos mais movimentados dos últimos anos no litoral paranaense. Pessoas de todo o Estado estão nas cidades litorâneas. O problema é que com os turistas, também aparecem suas preocupações, como as contas a serem pagas. Quem passa pelo centro de Matinhos durante o horário comercial, facilmente constata as grandes filas formadas nos bancos e na única casa lotérica da cidade.
O gerente da agência do Bradesco de Matinhos, Aldo Luiz Guimarães de Souza Lima, destacou que na temporada de verão o número de clientes aumenta em quase 90%. Ele lembrou que a cidade de Matinhos tem 28 mil habitantes, mas na temporada o litoral recebe entre 500 mil e um milhão de pessoas. “Temos cinco funcionários e atendemos com um guichê de caixa durante o ano. Na temporada aumentamos para nove funcionários e o atendimento passa ser feito em três guichês”, revelou, destacando que o ritmo acelerado começou na primeira quinzena de dezembro e vai até o Carnaval. “No inverno atendo dez pessoas por dia. Agora umas 50, mas os problemas são menores”, contou, lembrando que o Bradesco tem 3 milhões de correntistas no Brasil.
Durante a temporada, o banco disponibilizou nove pontos de atendimento entre agências e caixas eletrônicos nas cidades de Matinhos, Guaratuba, Pontal do Paraná e Paranaguá. “Também é possível fazer operações do Bradesco nas agências dos Correios”, lembrou.
Contas
Para se pagar contas de água e luz há a opção das farmácias. Mas as contas de telefone só podem ser pagas na casa lotérica. Além do telefone e dos jogos, o local funciona com alguns tipos de serviços prestados pela Caixa Econômica Federal (CEF), que não tem agência na cidade. A aposentada Ivone Xavier, 63 anos, estava ontem na fila aguardando para receber seu benefício. Ela disse que a fila estava grande, mas andava rápido. “Deveria ter uma agência da Caixa, ou pelo menos um outra lotérica aqui”, reclamou, lembrando que numa agência ela tem prioridade por ser idosa. “Aqui sou obrigada a ficar na fila como qualquer outra pessoa.”
O mestre-de-obras João Carlos Espírito Santo, 39 anos, é morador de Matinhos. Ele também reclamou das grandes filas durante a temporada. “Teve um dia que fiquei uma hora e meia esperando. Estou pagando uma conta com oito dias de atraso, pois sempre passava aqui em frente e não tinha coragem de entrar na fila. Vou ser obrigado a pagar a dívida com juros”, reclamou.