Fiéis da Paróquia Bom Jesus do Portão, em Curitiba, estão na espera da canonização do padre José Calvi. O pároco, italiano de nascimento, mas que passou boa parte de sua vida na capital paranaense, tem atribuídas para si diversas graças alcançadas pelos católicos que frequentam a paroquia, o que o credenciou para esse processo de santificação.
De acordo com o atual padre da Igreja do Portão, Hilton Carlos Soares, o processo iniciou no ano passado, quando foi feita uma análise dos escritos e da vida de Calvi.
“Isso ocorre para ver se não houve nada de errado em sua vida. Ele foi aprovado neste quesito e passou a ser considerado pelo o que a gente chama de servo de Deus”, explica.
O próximo passo será a exumação do cadáver do padre, que está enterrado no Cemitério do Água Verde, em Curitiba. “Essa parte é para verificar se ele está realmente morto, quer dizer, se os restos mortais encontram-se neste local. Após a constatação, o processo passa pela Santa Sé”, informa.
Antes de se tornar santo, é necessário que um milagre seja atribuído ao pároco. “Confirmando o milagre, ele passa a ser beato. Aparecendo outro milagre após a beatificação, ele será alçado a condição de santo, com direito a data no calendário cristão”, conta.
Porém, não existe um prazo pré-definido para que isso aconteça. Padre Hilton conta que pode ser rápido como também pode demorar. “Existem casos que levaram em torno de oito anos para se confirmar a santificação, o que é considerado rápido. Outros casos, todavia, levam muito mais tempo. Não há, então, como afirmar em quanto tempo teremos o nosso santo quase curitibano”, revela.
Padre Hilton acredita que o padre Calvi tem todas as condições de ser canonizado. Ele conta duas histórias de duas graças alcançadas que foram recebidas devido à fé no sacerdote. “Uma fiel estava grávida de gêmeos. Um exame detectou que um dos bebês tinha problemas de má formação e chegaram, inclusive, a sugerir o aborto. Ela não aceitou, levou a gravidez até o fim, e felizmente as duas crianças nasceram saudáveis, sem qualquer problema”, contou.
“Outro caso foi de outro fiel que passava por problemas cardíacos. Ele conseguiu um doador de forma rápida e, enquanto era operado, teve uma parada cardíaca. Como ele estava na mesa de operação, foi possível reverter a situação e ele se recuperou da cirurgia 15 dias depois”, diz.