Mais de meio milhão de pessoas são esperadas nos quinze dias de festa da Padroeira do Estado: Nossa Senhora do Rocio. A festividade começa hoje, às 19h, com missa e show gospel animados pelo padre Reginaldo Manzotti, em Paranaguá. Amanhã será a vez da 2.ª Romaria Marítima, que deve reunir cerca de 50 embarcações e mil pessoas. Mas as homenagens a Nossa Senhora só terminam no Dia da Padroeira, 15 de novembro, com a missa campal e a procissão da imagem pelas ruas da cidade.
Nos últimos anos o número de pessoas que participam da festa vem aumentando. Em 1996 eram cerca de 80 mil fiéis, em 2004 foram 200 mil, e este ano são esperados cerca de 500 mil. As mudanças começaram em 2003, depois que o Santuário do Rocio de Paranaguá passou a ser um santuário estadual, ou seja, a igreja mãe da Padroeira do Estado. Desde então o reitor do santuário, padre Joaquim Parron, trabalha para reunir um número cada vez maior de fiéis. Desde fevereiro estão sendo realizadas romarias que atraem religiosos de várias regiões do Estado. O local recebia por mês cerca de cinco mil pessoas e agora são 15 mil. Além disso, todas as dioceses do Paraná estão divulgando o convite para a festa. ?A mobilização está ocorrendo em todo o Estado?, explica o reitor.
Um dos momentos mais bonitos da festa é a romaria marítima que começa às 9h30 em frente a estação náutica, no Rio Itiberê. A imagem é levada pela Capitania dos Portos e passa em frente a Ilha da Cotinga, contorna a Ponta da Cruz e retorna ao santuário. Lá, às 11h, ocorre a bênção dos barcos e, às 11h30, a missa. O reitor explica que a idéia da procissão surgiu porque a imagem foi encontrada nas águas de Paranaguá e, em julho do ano passado, teria acontecido um fato misterioso. Quando a imagem itinerante de Nossa Senhora visitou a Ilha do Mel, os pescadores tiveram fartura na pescaria.
Depois da romaria, vão ser realizadas novenas que prosseguem até o Dia da Padroeira. Além disto, também estão programados mais de 20 shows musicais.
A Festa do Rocio é realizada desde o século XVIII na primeira quinzena de novembro. Ela só passou a ser organizada eclesiasticamente a partir de 1843, quando padres e oradores sacros foram convidados para oficializar os rituais. Em 1977 foi oficializada como Padroeira do Paraná pelo papa Paulo VI e pelo governador Jayme Canet.
