As comemorações da Semana Santa serão especiais para os católicos neste ano. As celebrações que relembram a morte e comemoram a ressurreição de Jesus Cristo serão realizadas em momento de transição. A nomeação do papa Francisco, o primeiro latino-americano a ocupar o posto, marca período de reflexão sobre o papel da igreja e a tentativa de curar as feridas abertas pela crise.

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Segundo o padre Fabiano Dias Pinto, reitor do Seminário São José, da Arquidiocese de Curitiba, esta Páscoa tem significado especial para a igreja no Brasil. “Este ano receberemos a visita do primeiro papa nascido em nosso continente. Será o primeiro país fora da Europa que irá visitar, com mensagem para a juventude, que é o tema da atual Campanha da Fraternidade”, afirma.

Padre Fabiano relembra que a Sexta-Feira Santa e a Páscoa são a festa maior do cristianismo. “Como disse São Pedro, se cristo não ressuscitou, então é vazia nossa pregação e nossa fé. O Natal celebra a vinda do salvador, que se torna plena com a ressurreição. Por isso a principal mensagem da igreja é para que todos se voltem a Cristo, pobre humilde e servo de Deus”, ressalta.

Tradição

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Os principais festejos da Semana Santa acontecem a partir de amanhã, com a missa da Ceia do Senhor. A Sexta-Feira Santa é dia de jejum e penitência, quando os cristãos devem evitar comer carne vermelha e é celebrada a missa relembrando a morte de Jesus. No sábado, as igrejas realizam a Vigília Pascoal, que antecede o Domingo de Páscoa, quando se comemora a ressurreição.

“No domingo comemoramos e representamos a doçura do Cristo ressuscitado. Esse é o motivo de distribuir doces, o que é uma tradição de mais de 1.500 anos. Hoje isso é representado nos ovos de chocolate, mas antigamente se presenteava outros doces e frutas cristalizadas”, explica o padre Fabiano, relembrando um significado muitas vezes esquecido.

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Em Curitiba, a Semana Santa será marcada por missas, celebrações e festejos em todas as paróquias da cidade, além das tradicionais encenações da Paixão de Cristo.