A Ferroeste está autorizada a iniciar os estudos de viabilidade técnica e econômica da expansão do trecho Guarapuava-Cascavel, que vai ligar o Paraná à região sul do Mato Grosso do Sul e ao oeste de Santa Catarina.
Ontem, ao mesmo tempo em que o governador Roberto Requião assinou o termo que autoriza da primeira fase de estudos, em Pato Branco, a Ferroeste também assumiu o contrato com o Instituto de Tecnologia do Paraná Lactec, que vai realizar a pesquisa.
De acordo com o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, já existe estudo feito pelo governo catarinense que comprova a necessidade de alternativas de logística não apenas em Santa Catarina, mas também no oeste do Paraná.
Gomes afirma que, com esse estudo, a Ferroeste detectou um eixo dinâmico de crescimento e desenvolvimento econômico. “São 5 milhões de toneladas de grãos e uma quantidade significativa de carne sendo transportados de caminhão”, afirma.
Gomes chama a atenção para a importância de ferrovias para a crescente indústria da carne crescente no sudoeste do Estado. “Se houver uma logística com containers refrigerados, por exemplo, poderão ser transportados produtos de valor agregado, aumentando a margem de lucro dos produtores”, explica.
O presidente da Ferroeste diz que a expansão da linha também beneficiaria a logística de compra da economia do oeste. Segundo ele, o estudo pode comprovar não só a viabilidade da ferrovia como também a otimização do sistema comercial da região.
“Acreditamos que os vagões não circulariam vazios. Temos o calcário extraído na região de Curitiba, que são vendidos de R$ 12,00 a R$ 13,00 na capital, chegam na região oeste a R$ 60,00, em função de um logística de rodovias. O transporte férreo pode baratear o custo desse e de outros produtos para o oeste.”