Uma faixa de mais de sete quilômetros da mata nativa do Parque Nacional de Ilha Grande, no noroeste do Estado, já foi destruída pelo incêndio que se iniciou sábado e seguia fora de controle até a noite de ontem.
Ainda sem informações sobre as causas, o incêndio começou por volta das 12h de sábado e, devido aos fortes ventos, espalhou-se rapidamente.
Por causa da mata virgem e do fato de boa parte do terreno ser alagada, funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Corpo de Bombeiros e voluntários estão tendo bastante dificuldade para chegar ao interior da ilha, onde há a maior frente de fogo.
Segundo a administração do parque, seria necessária uma balsa para transportar um trator, que seria utilizado na contenção do fogo, mas, por ontem ter sido feriado, não se conseguiu tal balsa.
O capitão Carlos, do Corpo de Bombeiros de Umuarama, lembrou que a responsabilidade pelo controle do incêndio é exclusiva do Ibama e que o Corpo de Bombeiros está apenas dando o apoio com homens. ?Mas o terreno é todo alagado, o homem mal consegue se locomover, sem um helicóptero (que até ontem também não havia na região) não é possível fazer muita coisa. Segundo o capitão, o trabalho dos bombeiros e voluntários, enquanto não se tem o helicóptero e o trator, está sendo o de tentar diminuir o avanço do fogo. Ele explicou que as chamas avançam em direção a uma lagoa e o trabalho é abrir espaço para evitar que mais mata seja queimada. ?Vamos ver se amanhã (hoje), quanto todos voltam a trabalhar, conseguimos os equipamentos necessários para acabar com o incêndio?, disse.
O Parque Nacional de Ilha Grande é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, com uma área total de aproximadamente 78.875 hectares, abrange os municípios de Guaíra, Altônia, São Jorge do Patrocínio, Vila Alta, Icaraíma e Querência do Norte, no Paraná, e Mundo Novo, Eldorado, Naviraí e Itaquiraí, no Mato Grosso do Sul. Com diversas ilhas e praias fluviais, o parque foi criado em 1997, com o objetivo de proteger uma significativa parcela das várzeas do Rio Paraná. Sua importância reside tanto na conservação dos recursos naturais presentes, quanto por compor o corredor de biodiversidade do Rio Paraná.
