Após uma semana de paralisação dos bancários, a Federação de Bancos (Fenaban) apresentou ontem nova proposta que prevê reajuste de 7,5% para todos os níveis, correção de 8,5% do piso e auxílios-refeição e alimentação, além de 10% na parcela fixa da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Porém, ainda não está decidido se o novo posicionamento dos bancos pode encerrar a greve, pois a categoria se reúne hoje em assembleia para avaliar a continuidade da negociação.
“Esta é uma proposta melhorada, mas ainda está aquém do que colocamos como reivindicação da categoria. Temos vários itens a serem considerados”, avalia o secretário de organização e mobilização do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Júnior César Dias. O oitavo dia de greve chegou a 658 agências fechadas em todo o Estado e 14,5 mil bancários parados, de acordo com o sindicato. Em Curitiba e região, 338 agências não funcionaram. A adesão é considerada satisfatória por Dias. “Os bancos se mostraram abertos à negociação e criaram expectativa que a campanha se resolveria na mesa de negociação, o que não aconteceu e frustrou os bancários”, afirma.
Esvazia
O número de bancários que aderiram à greve caiu entre segunda e terça-feira por causa da reabertura de quatro centros administrativos do HSBC, que conseguiu o interdito proibitório no Tribunal Regional do Trabalho. No entanto, a medida foi contestada pelo sindicato, que ingressou com mandado de segurança pedindo sua anulação.