Farmácia Especial será ampliada e informatizafa

A partir da semana que vem, a Farmácia Especial -localizada no subsolo da 2.ª Regional da Secretaria Estadual da Saúde, no centro de Curitiba – vai ocupar novo lugar. A mudança – a poucos metros de onde funciona a farmácia atual, no mesmo prédio – deverá ser o primeiro passo para a reforma da estrutura física, que visa à ampliação do espaço e à informatização. A melhoria é um pleito dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), que ficam horas na fila à espera de medicamentos.

?A reforma da Farmácia Especial foi priorizada, assim como a saúde num todo é prioridade do governo Requião?, comentou Marinalva Gonçalves da Silva, diretora da 2.ª Regional da Saúde. Segundo ela, a fila que se forma na farmácia todos os dias – a estimativa é que cerca de 300 pessoas procurem o local diariamente, e o tempo de espera é de quase seis horas – é resultado do aumento da oferta de medicamentos e da procura da população.

?Desde o começo do ano, aumentou em 40% a quantidade de medicamentos oferecidos. A infra-estrutura, por sua vez, precisa ser melhorada, mas isso não é possível no primeiro ano de governo?, justifica Marinalva. Segundo ela, as novas instalações devem ser inauguradas em meados de maio de 2004, junto com o sistema informatizado.

?Informatizando o sistema, boa parte dos problemas será resolvida, porque a ficha do paciente, a farmácia e a Central de Medicamentos do Paraná (Cemepar) ficarão interligados?, explica. Segundo ela, hoje tudo é feito manualmente por 19 pessoas – 16 funcionários efetivos, dois estagiários e uma assistente social – e por isso há demora no atendimento. ?Os medicamentos são de uso contínuo e de alto custo. Por mês, são quase R$ 5 milhões em medicamentos?, conta.

Descaso

A artesã Matilde Ana Gawlak, 41, atribui o problema da longa fila ao governo do Estado. ?Por que em vez de o governador brigar na porta dos bingos não vem ver o nosso problema? Ele deveria se preocupar com quem está precisando?, criticou Matilde, que esperava ontem na fila há pelo menos três horas: foi buscar remédio para a irmã, que sofre de esclerose múltipla. ?Quando cheguei, havia 110 pessoas na minha frente?, contou.

A dona de casa Aline de Souza, 39, chegou as 9h na farmácia e até às 14h30 não havia sido chamada. ?Faltam funcionários, controle do pessoal?, acredita Aline, que todo mês busca medicamentos para o marido, que tem problemas de intestino.
Janete Kramvetz, 42, desempregada, também aguardava na fila, sem almoço. Mas contou que compreendia a demora. ?Apesar de tudo, não dá para reclamar. Pelo menos consigo a medicação, que é muito cara?, comentou Janete, que tem um filho esquizofrênico e gastaria quase R$ 900 por mês em remédios, não fosse a Farmácia Especial.

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