Famílias assinam contrato para a casa própria

Famílias que estavam inscritas no cadastro da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) cumpriram na sexta-feira (19) uma etapa importante para a conquista da casa própria. No total, 768 famílias assinaram contratos de financiamento com a Caixa Econômica Federal para aquisição dos apartamentos dos Residenciais Parque Iguaçu I e II, empreendimentos localizados no bairro do Ganchinho.

Os residenciais integram o programa habitacional do Município e são resultado de parceria entre a Cohab e a Caixa Econômica Federal. A construção foi feita com recursos do programa Minha Casa, Minha Vida e significou um investimento de R$ 34.560. 000.

A assinatura de contratos de financiamento antecede a entrega das chaves, que está prevista para o mês de agosto. As famílias irão pagar prestações entre R$ 25 e R$ 80, pelo prazo de 10 anos. Após este período, o imóvel estará quitado.

“As condições de aquisição das unidades são facilitadas para possibilitar o acesso da população de menor renda à casa própria”, explica o presidente da Cohab, Ubiraci Rodrigues.

Alternativa

Os compradores das unidades têm renda máxima de R$ 1.600 mensais e estão inseridas na chamada faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida. É uma clientela que dificilmente seria atendida pela oferta de imóveis no mercado e que tem na Cohab a melhor alternativa para resolver seu problema de moradia.

É o caso da costureira autônoma Benedita Clausineide Caetano, viúva, mãe de adolescente de 17 anos, que paga R$ 200 para morar nos fundos de um terreno de parente. “Com o que eu ganho, achei que jamais poderia comprar um imóvel. Agora, vou morar num lugar lindo, que será meu e do meu filho para o resto da vida”, disse ela, depois de assinar o contrato, com os documentos do financiamento em mãos.

Leonice de Azevedo Batista Paes, outra futura moradora do Ganchinho, vive com o marido, João Maria Paes, e dois filhos (de 14 e 9 anos) em uma casa no bairro Rebouças com mais três irmãos, cada um com sua família. O imóvel pertencia ao avô de Leonice e, lá, “ninguém é dono e todo mundo quer mandar”. A coabitação forçada de tantas famílias provoca alguns conflitos e, segundo ela, “muita confusão”. Por isso, ela estava feliz ao assinar o financiamento, que, como é de praxe nos contratos do programa Minha Casa, Minha Vida, fica em nome da mulher. “Na casa nova finalmente terei sossego”, disse Leonice.

Para Cristina Gonçalves da Silva o apartamento vai significar autonomia. Ela poderá deixar a casa dos pais, onde vive com a filha Gabriele, de 5 anos. “Desde 2009, quando fiz a inscrição na Cohab, esperava por esta oportunidade”, falou Cristina, que estava acompanhada do noivo Fabiano Santos na assinatura de contrato.

Ao contrário de Cristina, Aparecida Vieira Pereira, outra compradora, vai trocar a casa da filha, no Santa Quitéria, pelo imóvel próprio no Ganchinho. Viúva, ela sobrevive com uma pensão deixada pelo marido e está animada com a perspectiva da mudança. “Vou pagar só R$ 54 de prestação. Não existe oportunidade como essa”, afirmou.

Amauri César de Almeida e Aparecida de Oliveira gastam R$ 280 por mês  para alugar uma casa no bairro Tatuquara. Com uma filha de 3 anos, Nailique, eles escolheram um apartamento no terceiro andar e irão iniciar uma nova experiência com a vida em condomínio. “Teremos os três que nos adaptar, mas vale a pena porque a conquista do primeiro imóvel é importante na vida de uma família”, disse Aparecida.

Blocos

Os Residenciais Parque Iguaçu I e II são empreendimentos vizinhos, formados por 48 blocos de apartamentos com quatro pavimentos cada um. As 768 unidades formam dois condomínios distintos, cada um com áreas de estacionamento e de lazer (que incluem parquinhos para crianças, canchas esportivas e salões de festa com churrasqueiras). O acesso é pela rua principal do Ganchinho, a Eduardo Pinto da Rocha, e também pelo Contorno Leste.  

Os apartamentos têm dois quartos. O custo por unidade é de R$ 45 mil, mas como as famílias compradoras estão inseridas na faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida, elas terão um grande subsídio para aquisição, pois o valor da prestação é calculado em função da renda familiar e o prazo de pagamento é fixado em 10 anos.

Com isso, as famílias pagarão ao longo deste tempo o equivalente a R$ 3.000 (para prestações de R$ 25 mensais) ou até R$ 9.600 (para prestações de R$ 80). Na prática, elas terão desconto no valor do imóvel entre R$ 35,4 mil e R$ 42 mil. 

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