Quinze dias após a explosão num armazém de sal da empresa Romani S/A Indústria, na área retroportuária de Paranaguá, as famílias que tiveram suas casas destruídas ou danificadas ainda estão discutindo com a Ultragaz-empresa responsável pelos tanques de gás que explodiram – sobre a reparação dos danos. Ontem, aconteceram reuniões entre a Romani e a Ultragaz, em Curitiba, e entre os moradores que tiveram as casas avariadas e a Ultragaz, em Paranaguá, para discutir o assunto.
Cerca de 30 pessoas ainda estão desabrigadas. Segundo o presidente da Associação dos Moradores de bairro Jardim Guadalupe, onde aconteceu o acidente, Marcos Costa, a Ultragaz continua mantendo estas pessoas em um hotel e fornecendo alimentação. ?Eles pediram prazo de 30 dias para encontrar uma solução. A empresa afirmou que vai indenizar as pessoas?, afirmou. O prazo termina no próximo dia 14 de setembro. A prefeitura já disponibilizou um terreno, no bairro Vila Marinho, para que as novas casas possam ser construídas.
Já com relação às famílias que tiveram as casas danificadas, após a reunião de ontem, a empresa se comprometeu a resolver os problemas e, emergencialmente, vai consertar os telhados danificados. ?Eles estão cuidando de tudo?, garantiu o advogado da Romani, Cleverson Marinho Teixeira, que também se reuniu ontem com representantes da Ultragaz. Os consertos e prejuízos estão sendo resolvidos, a Romani já voltou à atividade, mas a causa do acidente ainda está sendo apurada. O laudo deve sair na primeira quinzena de setembro.
A explosão do armazém deixou três vítimas. Marcos Antonio Soares, funcionário da Romani, já teve alta. Os outros dois – José Pereira dos Santos e José Aparecido Marreira – continuam na UTI do Hospital Evangélico, em Curitiba, em estado grave. Segundo informações do diretor clínico do hospital, Samir Bark, não houve avanço no estado de saúde dos dois. Um deles teve 40% do corpo queimado, o outro, 60%. Ambos trabalhavam para a Ultragaz e um deles fazia a manutenção dos tanques na hora da explosão.
Revenda de gás
O proprietário de uma revenda de gás no bairro Novo Mundo, em Curitiba, onde um botijão explodiu no último sábado, morreu na última quinta-feira. Pedro Manuel Pereira, 44 anos, teve 50% do corpo queimado. As suspeitas são de que a explosão aconteceu quando Ferreira estava fazendo o transvase do gás de um botijão para outro, o que é proibido.