O policial militar do Paraná, identificado como Fabiano Junior Garcia, que matou oito pessoas, seis delas da própria família, na madrugada desta sexta-feira (15), mandou áudios por aplicativo de mensagem pedindo desculpa a amigos (ouça abaixo). Após os crimes, ele tirou a própria vida. A Polícia Militar (PM) confirmou a autenticidade dos áudios.

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Os crimes ocorreram ao longo da madrugada, entre as cidades de Toledo e Céu Azul, na região oeste do Paraná, distantes cerca de 540 quilômetros de Curitiba. Entre as vítimas do policial estão mãe, filhos, irmão, esposa e outros dois homens. Segundo o Coronel Hudson, comandante-geral da Polícia Militar, em entrevista ao “Bom Dia Paraná” nesta sexta-feira (15), o agente não tinha indícios de que precisava de ajuda psicológica.

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No áudio enviado a amigos, Garcia pede desculpas para a família. Ele diz que entrou em depressão, que por isso se afastou da esposa, e que o motivo de toda a ação seria um possível fim do relacionamento. O policial também fala em dificuldades financeiras e custos de tratamento de saúde da mãe. O áudio dá a entender que ele não conseguiria bancar o tratamento da mãe.

Ouça o áudio enviado pelo Policial Militar:

https://www.tribunapr.com.br/wp-content/uploads/2022/07/15122747/Audio-fabiano-junior-garcia-2.mp3
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“Ele mandou áudios para família e amigos explicando a situação. Deu a entender, como um fator de motivação, que ele não estava aceitando a separação”, explicou o coronel Hudson.

Sequência de crimes

Detalhando o caso, o coronel disse que o soldado Fabiano trabalhou na quinta-feira (14) até as 19h. Depois disso, às 23h, fez contado com o cunhado informando que tinha matado a esposa, de 30 anos, e uma filha dele, de 12 anos, fruto de um primeiro relacionamento. As viaturas foram até o local e constaram os óbitos.

“Saindo dali, o policial foi até a casa dos pais, onde matou a própria mãe, uma senhora de 79 anos a facadas, num bairro próximo do centro de Toledo, e matou o irmão com um disparo de arma de fogo. Depois foi até Céu Azul, na casa dos avós maternos, onde matou os dois filhos que tinha com a esposa (assassinada horas antes) uma menina de 8 anos e um menino de 4 anos. Depois, abordado pelos policiais, ele voltou para Toledo, gravou áudios para familiares e amigos e encontrou dois rapazes na rua e os matou. Em seguida, parou em frente da sua casa e tirou a própria vida com disparos de arma de fogo com uma arma do estado do Paraná”, explicou o Coronel em entrevista ao “Bom Dia Paraná”. Os deslocamentos foram feitos com veículo pessoal.

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O coronel explicou ainda que ao longo dos 12 anos de trabalho na Polícia Militar ele não apresentava nenhum transtorno, nenhum indicativo que gerasse alguma preocupação. “Ele estava num processo de separação, não se conformava com isso, e tinha algumas dívidas. Ele não tinha nenhum procedimento, nenhum atestado médico e não procurou nossos psicólogos”, disse o Coronel Hudson.

Segundo a Polícia Militar, ele era um policial operacional há 12 anos. O policial estava lotado no 19º Batalhão de Polícia Militar de Toledo, cidade localizada a 540 quilômetros da capital Curitiba. Segundo o Coronel Hudson, o policial trabalhou normalmente na quinta-feira (14) e deixou o plantão por volta das 19h.