Família enfrenta 33 horas de sufoco por atendimento

A dona de casa Luciane Ferreira de Oliveira esperou por 33 horas até conseguir internamento para o filho de 12 anos, que tem graves transtornos psiquiátricos. A mãe alternou suas horas entre um hospital em Campo Largo, o Centro de Atendimento Psicossocial Infanto Juvenil e a Unidade Municipal de Saúde 24 horas, no Pinheirinho.

Luciane começou a luta pelo internamento do filho às 8h de segunda-feira e só por volta das 17h de ontem conseguiu um leito para o filho. “Ele está indo para União da Vitória. Ainda não sei como vai ser, ele ficando longe, nesses três meses de tratamento, mas prefiro que vá para lá. Pelas condições que está hoje, temo por ele”, afirma a mãe.

Transferência

A Secretaria Municipal de Saúde informou que não havia leitos para receber o menino em Curitiba e foi preciso providenciar sua transferência. O menino foi diagnosticado com autismo aos 2 anos, mas a partir dos 10, passou a apresentar comportamento agressivo, precisando de remédios para sedação. As crises passaram a ser constantes, mas nenhuma tinha sido tão forte e demorada como agora.

Por causa da crise do menino, a mãe precisou tirar a filha de 3 anos de casa. “Ela estava passando o dia na casa da minha sogra e voltava para dormir depois que meu marido chegava do trabalho e podia me ajudar. Mas há uma semana está ficando direto na casa da avó. Estamos com medo que ele a machuque”, conta Luciane. A mãe, ainda abalada com a fase violenta do filho, teme que o menino possa tenha doença psiquiátrica ainda mais grave. “A médica falou que pode ser outro quadro. Tenho muitos casos de esquizofrenia na família. Mas não foi diagnosticado nada disso, por enquanto”, comenta.

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