Alguns municípios paranaenses estão sofrendo com a falta de doses de vacina contra o rotavírus, um vírus que vem sendo o principal agente causador de diarréia em crianças menores de cinco anos em todo o mundo, e que pode levar à morte. Ponta Grossa, Paranavaí e Cascavel estão entre os municípios que enfrentam problemas por falta do medicamento. A aplicação da primeira dose da vacina – feita por via oral – deve ser feita até os 2 meses de idade. Já a segunda dose é aplicada nos quatro meses de vida.
As doses são enviadas ao Paraná pelo Ministério da Saúde (MS). Em Ponta Grossa, na região central, são necessárias mil doses da vacina para atender a população. No último lote foram enviadas apenas 300 e todas já terminaram.
Em Paranavaí, no noroeste, das 240 doses necessárias, a cidade recebeu apenas 50. Em Curitiba, a diretora de epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, Karin Regina Luhm, informou que chegou a faltar o medicamento por cerca de duas semanas, mas que desde o último dia 30 a situação foi normalizada. Na cidade são aplicadas cerca de quatro mil doses por mês.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informa que existe um problema nacional de abastecimento da vacina contra o rotavírus para o MS por parte do laboratório produtor. Segundo uma nota da secretaria, não houve interrupção do abastecimento para os municípios, mas fornecimento de quantidades abaixo da necessidade do Estado, e que isso vem acontecendo desde a implantação do programa, em março deste ano.
Segundo o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, a situação de abastecimento da vacina contra o rotavírus se normalizará em breve, pois o laboratório está produzindo mais doses.
A Sesa avisa que na última semana o Paraná recebeu cerca de 42 mil doses da vacina, que foram distribuídos a partir do dia 29 a todas as 22 regionais de saúde.
O rotavírus é transmitido pelo ar. Para evitar a contaminação é necessário manter as mãos limpas, beber somente água filtrada ou fervida e desinfetar o banheiro com água sanitária todos os dias.