Durante toda esta semana, várias entidades abordarão a importância do aleitamento materno em Curitiba. As atividades fazem parte da Semana Mundial de Aleitamento, promovida pela Prefeitura, Sociedade Brasileira de Pediatria, Secretaria de Estado da Saúde, juntamente com a Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar (Rede IBFAN), entre outras entidades.

De acordo com a médica pediatra e coordenadora do Programa de Aleitamento Materno da Prefeitura, Claudete Krause Closs, a Organização Mundial da Saúde indica como ideal o aleitamento exclusivo – sem a introdução de água, chá, ou suco – até os seis meses de idade, e o aleitamento completado até os dois anos. Mas no Brasil apenas 25% das mães seguem essa indicação.

Para a médica, falta orientação para as mães, que acabam adotando práticas pouco saudáveis tanto para os bebês quanto para elas. “Elas deveriam ser preparadas psicologicamente logo que recebem o teste positivo de gravidez até depois do parto”, diz Claudete, que defende ainda a extensão dessas orientações para a família. “Muitas vezes as avós acabam desestimulando a amamentação, e incluindo chupetas ou chuquinhas.”

A Semana Mundial de Amamentação quer reforçar, mais uma vez, as vantagens de amamentar a criança no peito. Claudete destaca, entre essas vantagens, o vínculo materno que é criado com o contado da mãe com a criança. O leite materno também deixa o bebê mais resistente a doenças – tem menos dor de ouvido, pneumonia, gripe e diarréia. Além disso, a mulher que amamenta tem menos riscos de desenvolver câncer de mama e, durante seis meses, tem menos riscos de uma nova gravidez. “O aleitamento materno funciona como um anticoncepcional natural, pois quem amamenta com intervalos de três horas diminui a ovulação e tem menos chances de uma nova gravidez”, explica.

Serviço- Até sexta-feira, profissionais da saúde estarão na Boca Maldita, das 9h às 17h, prestando esclarecimento para a população sobre o aleitamento materno. Serão feitas palestras e exposições de vídeos educativos sobre temas ligados à amamentação. Também estão programadas oficinas voltada às gestantes adolescentes.

Leite da mãe aumenta vínculo

– A amamentação aprofunda o vínculo entre a mãe e o bebê.

– Os glóbulos brancos do sangue e anticorpos, transmitidos de mãe para filho durante a amamentação, permanecem agindo no bebê e possibilitam uma proteção imunológica que impede o aparecimento de várias doenças.

– A criança amamentada é mais inteligente, pois as gorduras do leite materno favorecem o desenvolvimento mais rápido do sistema nervoso.

– A gordura do leite materno possibilita o amadurecimento da retina do fundo do olho, fazendo com que a criança tenha mais chance de enxergar melhor.

– A amamentação previne a deformidade da arcada dentária da criança, já que força a musculatura da boca.

– As crianças de um ano que mamam têm 95% da sua necessidade de vitamina C suprida pelo leite materno.

– Segundo dados do Unicef, as crianças que não mamam no peito têm 14 vezes mais chance de morrer de diarréia (principalmente entre a população mais pobre, onde a qualidade da água não é garantida).

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