Fotos: Chuniti Kawamura/O Estado

Banhistas se preocupam com a estrutura precária da região. Acúmulo de lixo também incomoda.

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Entra temporada, sai temporada, e os veranistas que freqüentam as praias de Pontal do Paraná estão cada vez mais desanimados com a infra-estrutura do local. Ruas esburacadas que ficam ainda mais intransitáveis quando chove, falta de iluminação pública, lixo acumulado à espera de coleta, esgoto a céu aberto. Esse é o cenário com o qual os turistas estão cansados de se deparar.

No balneário Canoas, próximo à Praia de Leste, um dos moradores, Carlos Eduardo Mazur, encaminhou uma carta aos vereadores na qual enumerou todos os problemas da região. Ele conta que o documento foi protocolado em junho do ano passado, mas até agora nada foi feito. ?Eu mesmo tive que comprar e colocar a lâmpada na minha rua, porque já cansei de esperar a Prefeitura fazer. A frente da minha casa também sou eu que limpo, pois não existe limpeza pública aqui. A fossa está estourando, enche a rua de água e ninguém faz nada?, indignou-se.

Carlos: ?Cansei de esperar?.

Algumas ruas de Praia de Leste estão em situação caótica. A Rua Plínio Tourinho, por exemplo, é só buracos. Amauri Rodrigues mora em Curitiba e tem casa no local há dez anos. Ele não pensou duas vezes em afirmar que vai vender o imóvel. ?Eu pago R$ 400 de IPTU pra chegar aqui e o meu carro encalhar?, reclamou. A comerciante Jorgina Batistan também mora na Plínio Tourinho. Ela conta que se em dias de sol a situação já é complicada, em dias chuvosos não há como sair de casa. ?Moro há dez anos aqui e até agora só vi melhorias no centro de Praia de Leste. As ruas mais afastadas estão abandonadas?, disse.

Amauri: ?Carro encalhado?.

Na Rua Miami, também em Praia de Leste, os moradores reclamam da sujeira. A dona-de-casa Rozi de Deus disse que só há coleta de lixo na rua no sábado. ?Fora de feriado todo mundo fica prejudicado aqui. Esse lixo traz mau cheiro, rato e barata pra dentro de casa?, reclamou. Ela também indigna-se com a falta de rede de esgoto na região. Assim como os moradores de Araucária Almir da Silva e Dulce da Silva, que têm casa em Ipanema há 15 anos – outro balneário de Pontal do Paraná. ?Eles colocam uma barraca de água própria para banho bem em frente ao esgoto. É um absurdo?, disse Almir.

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O prefeito de Pontal do Paraná, Rudisney Gimenes, afirmou que os recursos da Prefeitura são poucos para realizar obras em balneários cuja população aumenta muito nessa época. Porém, ele disse também que nos primeiros anos de sua administração, o foco dos investimentos foi na área de saúde e educação. Segundo Rudisney, os próximos anos serão dedicados à infra-estrutura com um novo maquinário para realização de obras nas ruas, porém, ainda falta fazer a licitação para a compra das máquinas. Ele explica que cerca de sete colégios já foram reformados, quatro unidades de saúde e três canchas cobertas foram construídas, além de quatro creches.

Com relação ao balneário Canoas, o prefeito comentou que muitas pessoas compram lotes em áreas que ainda não estão regularizadas e cuja infra-estrutura não pode existir. Segundo Gimenes, há cerca de 58 loteamentos irregulares na cidade de Pontal. Ele também comenta que as fortes chuvas dos últimos dias têm feito estragos nos balneários.

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