Falta estrutura para receber as crianças com autismo

A inclusão das crianças também representa um problema. São poucas as escolas regulares que oferecem vagas para estudantes autistas ou contam com estrutura adequada para recebê-los. “Muitas escolas especiais não querem atender as crianças autistas. Eles são pacientes difíceis de lidar, demandam muita atenção e cuidados especiais. Ainda falta capacitação nas escolas especiais”, critica o psicólogo e coordenador da Associação Brasileira de Assistência ao Cidadão com Câncer e ao Especial Carente (Abracce), Rafael Leitoles Remer.

A instituição passou a atender gratuitamente crianças com autismo há três anos, quando percebeu a grande demanda de pais que não encontravam vagas em outras entidades. O funcionamento, no entanto, depende de doações da comunidade. Remer afirma que a procura é grande e pelo menos 30 pacientes autistas estão em tratamento.

O atendimento aos pacientes autistas pelo município é realizado em três escolas especiais da prefeitura e outras 19 instituições especializadas conveniadas, que contam com ambulatórios de saúde mental disponíveis para atender casos de autismo e outras deficiências intelectuais. Além disso, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) também prestam atendimento. Em âmbito estadual, o atendimento é realizado pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que recebe recursos do governo.

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