Os moradores de Vila Esperança, Jardim Asa Branca e Campo Alto, no limite entre os municípios de Curitiba e Colombo, estão sofrendo com a falta de saneamento básico nas ruas. Como não existem manilhas para escoar as águas das chuvas, as casas acabam atingidas, e muitas famílias sofrem com alagamentos. Os bairros, que concentram mais de 7 mil moradores, também têm problemas de esgoto a céu aberto.
Os moradores da Rua Francisco Antônio Ribeiro chegaram a erguer o muros em frente às casas para tentar conter a entrada da água no interior das residências. Mas, como não existe escoamento, a água acaba voltando pelos ralos e pias. A moradora Aparecida dos Santos da Cruz teve que colocar tábuas de madeira em frente ao portão para poder entrar em casa. Ela chegou a abrir uma valeta no meio da rua para evitar que o imóvel fosse alagado. “A gente sofre com esse tipo de problema há 15 anos, e já perdi as contas das vezes que a casa já foi alagada por causa da água que empoça na rua. E quando a água volta pelo ralo ninguém agüenta o mau cheiro”, contou. Já na Rua Armando Batista de Castro os moradores reclamam de um esgoto a céu aberto.
Mas o maior problema está nas ruas Alendina Oliveira Teixeira e Armando Batista de Castro, que foram divididas por uma cratera com mais de dez metros de diâmetro e quatro metros de profundidade. Dentro do buraco, que está desmoronando, existem várias manilhas quebradas que não conseguem captar a água. “E todo o volume de barro e lixo que escorre pela cratera vai direto para as casas que ficam na parte mais baixa da vila”, comenta o presidente da Associação de Moradores da região, Odair Soares Rodrigues. Ele também confirmou que os problemas já foram comunicados à Prefeitura de Curitiba, que ainda não apresentou uma solução.
A Prefeitura informou que a Secretaria de Obras tem um estudo para canalizar um córrego que passa pela região, que seria desviado para evitar as enchentes. Mas como não existe verba para a execução do projeto, também não tem previsão para ele ser iniciado. A Prefeitura informou ainda que parte da vila é área de ocupação irregular, onde moram cerca de 40 famílias, por isso não há nenhum projeto de melhorias no local.