Foto: Valquir Aureliano

Hospitais: dívidas de 1,8 bi.

Para o novo ano que se aproxima, os hospitais do Paraná pedem mais investimento. Além de comentar sobre as dificuldades enfrentadas este ano, o presidente da Associação dos Hospitais do Paraná, Renato Merolli, falou das expectativas para 2008. Entre elas, a principal é ?que os financiamentos prometidos, que já não são suficientes mas são necessários, não sejam cortados. Seja estadual ou federal, as promessas existem, mas nada de fato?, comenta.

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De acordo com Merolli, a situação está difícil. O problema principal, segundo ele, que também é vice-presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Paraná (Fehospar), ainda é a defasagem dos procedimentos da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). ?A maior parte dos leitos disponíveis mantém convênio com o SUS, cuja tabela está defasada. Este ano houve reajuste em alguns procedimentos, mas muitos ainda estão defasados?, diz.

Como revela Merolli, apenas nas Santas Casas e hospitais filantrópicos do Brasil a dívida está calculada em R$ 1,8 bilhão. No Paraná o quadro é o mesmo: de endividamento. De acordo com a Federação das Santas Casas do Paraná (Femipa), deve estar concluída, em breve, a pesquisa da dívida dos mais de 80 hospitais que representa. Porém, eles afirmam que, em 2006, era de cerca de R$ 160 milhões e a expectativa é que este ano chegue perto do R$ 200 milhões. Entre os hospitais particulares, os números não são divulgados, mas a dificuldade existe.

Ainda de acordo com Merolli, o número atual de estabelecimentos no Estado é de 550. Nos últimos doze meses, segundo ele, foram realizados 152 milhões de atendimentos ambulatoriais pelo SUS e 740 mil internações. ?Temos estrutura e inclusive leitos suficientes (9.525). O problema é o financiamento, que faz hospitais fecharem (nos últimos 15 anos cerca de 220 hospitais fecharam no Paraná e apenas 60 novos foram abertos, de fato)?, relata Merolli.

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