Falta de professores na UFPR preocupa estudantes

Um problema antigo e que se agravou ao longo do tempo continua preocupando os alunos e a reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) neste ano: a falta de professores. A instituição conta hoje com 1.685 professores efetivos, enquanto o ideal, segundo a reitoria, seriam 1.976. Além disso, nesta conta não foram excluídos os professores afastados por licença médica, acompanhamento de cônjuge ou para doutorado ou mestrado, que somam 80 docentes atualmente, o que agrava ainda mais a situação.

O pró-reitor de Recursos Humanos e Assuntos Estudantis da UFPR, Vilson Kashel, comentou que essa situação força a universidade a estar permanentemente buscando professores substitutos – já são cerca de 250 neste ano. Mas, além de serem contratados em regime de 20 horas semanais, enquanto os efetivos trabalham com dedicação exclusiva (40 horas), eles não podem ficar mais que dois anos na universidade, ?o que faz com que eles não se envolvam em atividades de pesquisa e extensão, que, junto com o ensino, formam o tripé que sustenta a UFPR?.

Por não possuir um corpo docente em número adequado, alguns cursos já estão sendo obrigados a cancelar disciplinas. Os alunos de Psicologia, por exemplo, além de não ter professor para algumas disciplinas, têm no seu quadro 15 professores substitutos. Outros setores, como os de Saúde e de Ciências Jurídicas também estão sofrendo com a carência de professores.

Apesar da situação emergencial, Kashel reconhece que o Ministério da Educação (MEC) tem percebido a situação e trabalhado para a ampliação do quadro de docentes. ?O MEC tem um planejamento e o está cumprindo. Prova disso foi o concurso para a contratação de 74 professores ano passado, para autorização de abertura de 30 vagas no litoral, só para o ensino superior?, destacou.

Para este ano, o pró-reitor ressaltou que já está autorizada a realização de um concurso público para o preenchimento de 65 vagas em Curitiba e 10 no litoral. O edital deverá ser divulgado nos próximos dias. ?Mas continuamos com defasagem, visto que ficamos oito anos sem concurso (entre 1997 e 2004)?, lembrou.

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