E ai, Ministério?

Falta de doses trava vacina de adolescentes no Paraná. Municípios “se viram nos 30”

Vacinação de adolescentes empaca por falta de doses da Pfizer por parte do Ministério da Saúde. Foto: Agência
Foto: Agência Enquadrar/Folhapress.

No início da semana, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) projetou a possibilidade de que os adolescentes paranaenses entre 12 e 17 anos tomem, todos, pelo menos uma das doses da vacina contra a covid-19 até o fim de novembro. Porém, para que a promessa se transforme em realidade, é preciso que o Ministério da Saúde envie novos lotes da vacina da Pfizer direcionados para este público em específico – o que ainda não tem prazo para ocorrer.

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Até lá, a vacinação desses jovens vem sendo feita de forma individualizada pelos municípios paranaenses, o que faz com que haja uma grande disparidade entre as cidades. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) já foram aplicadas até esta quarta-feira (13) 16.223 doses da vacina da Pfizer, única vacina autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a ser aplicada nesta faixa etária no Brasil, nos adolescentes entre 12 e 17 anos.

O maior número de vacinados, segundo o portal da Sesa, foi registrado em Pinhais, com 2.860 doses aplicadas. Em seguida aparecem os municípios de Ponta Grossa (1.312), Almirante Tamandaré (1.107) e Foz do Iguaçu (723). Curitiba aparece na quinta posição, com 680 doses aplicadas em adolescentes.

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Por meio de nota enviada à reportagem por e-mail, a Sesa informou que “até o momento nenhum município do Estado recebeu uma pauta específica de doses para adolescentes sem comorbidades em geral”. A secretaria informou também que “os números municipais são repassados ao Ministério da Saúde, que alimenta o sistema e gerencia os dados” sobre a imunização dos adolescentes.

Reserva técnica

Os municípios que começaram a vacinar adolescentes menores de idade sem problemas de saúde estão usando o estoque da reserva técnica da Pfizer. A escolha por vacinas remanescentes para iniciar a imunização dos adolescentes, explicou a Sesa, é justamente porque “não houve, ainda, repasse de doses destinadas a este público por parte do Ministério da Saúde”.

É o caso de Curitiba, que abriu apenas uma chamada, no início de outubro, para os menores de idade nascidos entre outubro de 2003 e dezembro de 2005. Depois desta etapa, a imunização de adolescentes sem comorbidades não avançou mais na capital. Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse por meio de nota que “aguarda doses destinadas para primeira aplicação em adolescentes”. Não há previsão de abertura de novas faixas etárias para a aplicação da primeira dose entre os menores de 18 anos.

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