Falta de água preocupa moradores de Campo Largo

A Região Metropolitana de Curitiba já começa a sentir os efeitos da estiagem com a possibilidade de faltar água em 26 bairros de Campo Largo. A Sanepar alerta a população que economize e avisa que está tomando medidas para garantir que o abastecimento não seja tão prejudicado. A baixa vazão do Rio Itaqui, uma das principais fontes de abastecimento da cidade, é a responsável pela restrição, que deve se concentrar principalmente nos horários de pico, entre o final da tarde e início da noite. Por enquanto, não há previsão de falta de água em Curitiba e demais municípios da RMC.

Apesar de as outras fontes de abastecimento de Campo Largo – o Rio Verde e um poço mineral – estarem em condições normais, a baixa vazão do Rio Itaqui já é suficiente para ocasionar falta de água em 26 bairros e mais uma rua da cidade (ver quadro), podendo atingir entre 35 e 40 mil pessoas. A quantidade de água captada diminuiu em 30%, alcançando limite seguro para preservar a vida do rio. Mesmo assim, o coordenador de Sistemas Isolados da Sanepar, Julio Brandalise, assegura que a falta de água deve ocorrer de forma alternada entre os bairros, principalmente ao anoitecer, horário em que o consumo aumenta. E, durante a madrugada, os reservatórios serão reabastecidos.

?Há um mês inauguramos um reservatório com dois mil metros cúbicos de água (o equivalente a dois milhões de litros) que reservará água à noite para ajudar no abastecimento durante o horário de pico?, cita. Ele afirma que a companhia está construindo mais dois poços na região do Guabiroba e dez quilômetros de tubulação, que jogarão a água na estação de tratamento do Itaqui, para contribuir com o abastecimento a partir do final deste ano. ?Deve normalizar definitivamente qualquer possível falta de água daí para a frente?, assegura.

A Sanepar avisa que, caso haja necessidade, abastecimentos de urgência em creches, escolas e hospitais serão feitos por caminhões-pipa. E pede que a população economize água, pois a seca deve continuar, de acordo com o Instituto Tecnológico Simepar. Em Curitiba e restante da RMC, apesar de não haver previsão de falta de água, a população também é orientada ao consumo responsável.

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