Palmital, na região centro-oeste do Estado, vem enfrentando dificuldades para prestar atendimento hospitalar de plantão à população, que totaliza cerca de 17 mil habitantes. Na cidade existe apenas um hospital e maternidade, o Mãe de Deus, que é particular, e um posto de saúde municipal, que atende das 7h30 às 17h30.

continua após a publicidade

Recentemente, o prefeito Clério Benildo Back consultou o Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Paraná sobre a possibilidade de contratar os serviços de plantão do hospital privado. Porém, a contratação foi considerada ilegal.

“Queríamos contratar os serviços do hospital pelo menos para que pudesse prestar atendimento no período em que o posto de saúde permanece fechado. O Mãe de Deus atende pelo SUS (Sistema Único de Saúde), mas de maneira limitada. Se pudéssemos fazer a contratação, o atendimento hospitalar gratuito prestado à população de Palmital seria ampliado”, afirma o prefeito.

Back diz que o município não tem condições financeiras para construir e manter um hospital municipal. Além disso, a contratação dos serviços do Mãe de Deus geraria menos gastos do que se o atendimento de plantão passasse a ser realizado pelo próprio posto de saúde existente. “O hospital também tem melhores condições de atendimento e maior infraestrutura que o posto”, comenta.

continua após a publicidade

O TCE, por meio da assessoria de imprensa, informa que a contratação do hospital Mãe de Deus pela prefeitura de Palmital vai contra a Constituição Federal e a Lei Orgânica da Saúde.

Segundo o órgão, uma instituição particular pode atuar de maneira complementar ao atendimento hospitalar prestado por um município, mas não de forma exclusiva. Assim, as cidades devem ter sistema de saúde governamental implantado.

continua após a publicidade