Faep critica modo de criação das reservas de araucária

A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) encaminhou um documento, ao Ministério do meio Ambiente, ao governo do Estado e para outras autoridades competentes, contendo as falhas no processo de criação de parques para preservação de Araucárias no Paraná. Além de questionar a clareza e transparência na divulgação dos impactos que a criação dos parques trará aos municípios afetados, a Faep afirma que o assunto não teria virado polêmica caso esses e outros equívocos não tivessem sido cometidos.

Um dos pontos de falha apresentado pelo relatório da Faep é a proibição de plantio nas áreas do entorno dos parques. Segundo o documento, não existem informações claras e precisas sobre o que pode e o que não pode ser cultivado neste perímetro que atinge 17 municípios do Paraná. A Faep lembra que, numa tentativa anterior de criar áreas de conservação no Estado, em 2002, o Ministério do Meio Ambiente proibia a plantação de espécies exóticas numa faixa de até 10 km a partir do perímetro das unidades de conservação. Depois de colocar no mapa do Paraná a área que ficaria impossibilitada de plantar espécies exóticas, a medida foi revogada porque era impraticável.

Se esta determinação valer para os novos parques propostos, isso significaria a proibição do plantio de quase tudo o que hoje é produzido para fins comerciais – como soja, milho, trigo e pinus, na maior parte de municípios como Ponta Grossa (80%), Tuneiras do Oeste (68%) e Teixeira Soares (79%).

A Faep reiterou no documento que é a favor da criação dos parques. No entanto, não concorda com a forma que o processo vem sendo feito pelo Ministério.

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