A Faculdade Espírita entrou ontem na Justiça com um pedido de reapropriação do terreno no município de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, ocupada por cerca de 40 famílias das tribos indígenas Xetá, Caigangue, Taiguará e Guarany. O grupo negocia a permanência no local.

A propriedade, pertencente à Fundação de Educação e Cultura Espírita do Paraná, ligada à Faculdade Espírita, é utilizada pela instituição de ensino para o curso de  Agrônomia, mas por se tratar de uma área de preservação ambiental, não é realizado qualquer tipo de plantação no local. Alguns dos índios que invadiram a área, viviam espalhados pela Região Metropolitana e nas favelas de Curitiba – outros estavam assentados na região manancial da barragem de Caiguava, em Piraquara.

A assessoria da faculdade afirmou que a instituição entrou em contato com as tribos, mas nada ficou acertando entre as duas partes. Mesmo entrando na Justiça, a assessoria ressaltou que nenhuma medida drástica será tomada para retirar os indígenas do local.

Um dos representantes do grupo, Romancil Kretã, afirmou que entrou em contato com a Funai para achar uma resolução para o problema. ?Chegamos aqui e não havia ninguém no terreno. Não havia nada ocupado. Estamos negociando para podermos nos estabelecer aqui?, diz.

Segundo o administrador da Funai no Paraná, Glênio Alvarez, a instituição ainda não foi notificada. Ele espera para saber qual decisão será tomada pela Justiça, para então tomar alguma providência. ?Os representantes das tribos que estão no terreno de Piraquara vieram conversar conosco sobre a situação, nada além disso. Ficamos a par de tudo o que está acontecendo, mas não tomamos nenhuma decisão?, explica.

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