A Prefeitura de Curitiba multou esta semana 16 fabricantes e importadores de pneus por descarte irregular. Foram encontrados 150 exemplares abandonados no bairro Hauer e outros 160 no Boqueirão. As empresas serão multadas em R$ 61 mil por cada depósito irregular encontrado na cidade.
O superintendente de controle ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Mário Sérgio Rasera, disse que a legislação ambiental deixa claro que os fabricantes e importadores são os responsáveis pela destinação final do produto. Por isso, devem implantar um sistema de coleta desse material.
Os pneus jogados no meio ambiente causam diversos prejuízos. Eles podem demorar de 450 anos a mil anos para se decompor. Além disso, também acumulam água e servem como criadouros para o mosquito da dengue.
O material foi encontrado por equipes de limpeza pública. No Hauer os pneus estavam jogados em um terreno particular e, no Boqueirão, em dois depósitos com cerca de 80 unidades cada, próximos ao zoológico.
A Prefeitura já fez a limpeza dos locais, mas o descaso com o material vai custar caro para as empresas. Foram identificadas 16, todas de fora do Estado, e elas terão que pagar as multas. ?Em Curitiba, não vamos admitir esse tipo de agressão ambiental, que também acaba sendo um problema para a saúde da população?, diz o secretário municipal do Meio Ambiente, José Antônio Andreguetto.
Além das multas, a Prefeitura encaminhará denúncia ao Ministério Público, para abertura de ação civil, e solicitará providências ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), órgão que licencia estas indústrias. ?A lei é bem clara e o município não pode investir dinheiro público para resolver um problema que é dos fabricantes e de importadores de pneus?, diz Andreguetto.
A Prefeitura solicita que a população colabore, deixando o seu pneu velho na loja onde fez a troca, além de denunciar os descartes irregulares pelo telefone (41) 3350-9194, ou pelo Serviço de Atendimento 156. ?O ideal, se possível, é anotar o número das placas dos carros ou fotografar?, diz Andreguetto.
