Ontem, Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, órgãos de proteção dos direitos da criança realizaram uma série de eventos alusivos à data em todo o País.

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No Paraná, os perigos que a internet pode gerar, além da importância das denúncias dos casos, foram alguns dos principais focos de atos e de um seminário realizado na capital.

Na Boca Maldita, no centro de Curitiba, os conselheiros tutelares e o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) fizeram uma manifestação de repúdio à violência sexual infanto-juvenil.

Os conselheiros tutelares seguiram em passeata, com faixas e cartazes, pela Rua XV até a Câmara Municipal de Curitiba, onde foi feita a leitura de uma carta aberta, chamando a atenção para o problema.

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Neste ano, os conselheiros tutelares ressaltaram a impunidade em casos de violência contra crianças. Os manifestantes lembraram do caso da menina Araceli Cabrera Crespo, violentada e morta aos 8 anos em 1973, cujos culpados pelo crime nunca não foram responsabilizados. O caso de Araceli motivou a instituição do dia 18 de maio como data de combate a esse tipo de crime.

Os manifestantes também lembraram do recente caso de Raquel Genofre, uma menina de 9 anos que foi deixada morta e violentada em uma mala na rodoviária de Curitiba em novembro do ano passado. “Estamos cansados desses casos impunes. A sociedade tem que estar atenta e denunciar”, afirma a conselheira tutelar Dagmar Nascimento.

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No salão de Atos do Parque Barigui, a Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba realizou o Seminário Municipal de Enfrentamento a Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes – Protegendo as Crianças e Adolescentes do Abuso e Pornografia na Internet, onde foram abordados temas como pornografia e cyberbullying (criação de páginas pessoais falsas).

“A intenção é trazer conhecimento dos educadores para que eles possam combater os crimes pela internet”, afirma a coordenadora de Proteção Especial de Média Complexidade da FAS, Marisa Mendes de Souza.

Alarmante

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cada 19 minutos, uma criança brasileira é alvo de algum tipo de violência. Em Curitiba, os números também assustam.

Só em 2008, o Hospital Pequeno Príncipe atendeu 354 crianças vítimas de maus-tratos, aumento de 16% em relação a 2007. Segundo os números do hospital, a violência sexual ainda lidera o ranking da instituição, com 230 ocorrências.