Os descendentes asiáticos que viajam para trabalhar nos países de seus ancestrais podem ser os grandes prejudicados com a decisão do Departamento de Justiça dos EUA, que desde o último dia 2 exige visto para passageiros em trânsito. O Paraná, principalmente a região Norte do Estado, abriga um grande número de descendentes de japoneses, chineses e coreanos. A praxe das companhias aéreas é fazer escala nos EUA, quando da ida para a Ásia. Nos próximos sessenta dias, quem quiser ir para qualquer lugar do mundo e passar em território americano terá obrigatoriamente que apresentar um visto. A situação piora ainda mais pelo fato de ser necessária uma entrevista, no consulado dos EUA em São Paulo, e o pagamento de US$100 para a retirada do visto.
O vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens-secção Paraná (Abav-PR), Geraldo José Zaidan Rocha, destacou que essa medida vai fazer com que muitas pessoas deixem de viajar. “Os americanos estão preocupados com a segurança, temendo novos atentados. Esse prazo de sessenta dias pode ser prorrogado”, alertou, dizendo que americanos tentam filtrar as pessoas que circulam em seus aeroportos.
Ele destacou que as companhias aéreas que viajam à Ásia normalmente fazem escalas em Los Angeles ou Nova York. “Uma alternativa é seguir a rota das companhias que partem da Argentina, fazendo o sentido contrário com escala na Nova Zelândia”, explicou.
Rocha disse que seus clientes procuram muito viagens para Cancun, no México. Normalmente elas são feitas pela American Airlines com escalas nos EUA. “Temos as opções das companhias mexicanas e da Copa Airlines, que faz escala no Panamá”, revelou.