Exercício de cidadania nos ônibus de Curitiba

?Gentileza não encarece a tarifa?. Esse é o slogan de uma campanha que quer conscientizar a população usuária de transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana a ser mais solidária.

A idéia é sensibilizar a ajuda mútua dentro dos ônibus, na assistência a pessoas portadoras de deficiência, idosos ou gestantes. A campanha foi lançada ontem na Praça Rua Barbosa, centro da capital, e deve se tornar uma ação permanente.

A iniciativa é do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana, com apoio da Prefeitura de Curitiba. Além de distribuição de material informativo, serão colocados cartazes nos ônibus e em terminais. A presidente do Núcleo de Responsabilidade Socioambiental do sindicato, Marli Corleto, ressalta que os motoristas e cobradores são treinados para atendimento dos passageiros especiais. No entanto, eles não deveriam ser os únicos a auxiliar na hora do embarque ou desembarque.

Foto: Lucimar do Carmo

Marli: ?Pura falta de gentileza?.

Foto: Lucimar do Carmo

Osmar: ?Estresse para todos?.

?Em muitas situações as pessoas que possuem algum tipo de dificuldade de locomoção dependem exclusivamente da ajuda do motorista ou cobrador, enquanto os passageiros assistem a tudo passivamente?, falou Marli. Ela ressaltou que ?a proposta da campanha é despertar o usuário-cidadão, através de atitudes solidárias com qualquer um que precise?.

A idéia de aliar a gentileza com o custo da tarifa na campanha foi uma forma de tentar despertar nas pessoas a idéia que isso tudo tem um custo. ?Qualquer coisa que se faz dentro do ônibus as pessoas já pensam em quanto isso vai impactar no valor da tarifa. O vandalismo por exemplo, é pura falta de gentileza, pois afeta a todos?, comparou Marli.

Motorista há 30 anos, Osmar Freire disse que já perdeu as contas de quantas vezes teve que ajudar as pessoas no ônibus. ?Faço isso com satisfação, mas o pior é ver a falta de paciência dos outros passageiros. Isso gera um estresse para todos?, falou. O aposentado Carlos Roberto Lemberg acredita que a campanha poderá ajudar a convivência dentro dos coletivos e diminuir a falta de educação e respeito. ?É muito comum outras pessoas ocuparem os bancos preferenciais ou não darem lugar para os mais velhos?, finalizou. 

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