A Secretaria da Saúde divulgou nesta segunda-feira (31) o novo informe semanal da dengue que traz a notificação de 3.484 casos da doença em quatro semanas. Destes, 390 casos foram confirmados em 21 municípios, sendo 375 casos autóctones e 15 casos importados. O município de Jacarezinho é o que apresenta o maior número de casos confirmados autóctones (197), seguido por Londrina (142). O informe completo está disponível no site www.dengue.pr.gov.br.
O aumento de casos confirmados em relação ao informe anterior se deve à atualização dos resultados dos exames laboratoriais. Quando há suspeita de dengue, o caso é notificado à autoridade sanitária e o doente é tratado para que não haja risco de complicações. O exame para a confirmação da dengue só é feito do sexto ao 15º dia após o início dos sintomas, e leva em torno de 48 horas para ficar pronto.
“A partir do monitoramento constante da sala de situação, estamos trabalhando em Jacarezinho desde a primeira semana, com o treinamento dos agentes de endemias, com a orientação dos profissionais de saúde com o reforço na aplicação do “fumacê”, afirmou o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.
De acordo com o informe, a situação epidemiológica em Londrina também é grave. O município foi o que mais notificou casos da doença em quatro semanas (1.164). Destes foram confirmados 142 casos autóctones, sendo cinco casos graves com evolução para a cura. Para conter o avanço da doença, na quinta-feira (27) o governo estadual anunciou a liberação emergencial de R$ 351 mil para a contratação de 123 agentes de controle de endemias na região de Londrina, pelo período de 90 dias.
Para o município de Londrina o aporte financeiro será de aproximadamente R$ 230 mil. O Estado também já enviou à cidade 20 agentes de controle de endemias para se unirem às equipes municipais, um caminhão para recolhimento de entulhos, sete camionetes com UBVs pesadas (fumacês), 22 pulverizadores costais, 24 kits de EPI (Equipamentos de Proteção Individual) e materiais impressos educativos.
“Estas medidas emergenciais contribuem para a redução dos focos de dengue, a fim de evitar mais casos da doença. Mas o controle deve ser feito o ano inteiro, com a contribuição da população”, ressaltou o superintendente. Segundo pesquisas epidemiológicas, 98% dos focos de dengue estão nas residências.